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Maduro descarta acordo com UE até mudança de política

País expulsou embaixadora europeia depois que bloco sancionou 19 venezuelanos, incluindo funcionários do Estado

Internacional|Da EFE

Maduro pediu para União Europeia mudar política após sanções
Maduro pediu para União Europeia mudar política após sanções

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu na quarta-feira (24) para a União Europeia alterar a sua política em relação ao país, sob a ameaça de jamais reatar as relações com o bloco comunitário.

"Ou vocês retificam ou não há mais acordo algum com vocês, de qualquer tipo, nenhum diálogo", ameaçou o presidente venezuelano durante um ato de trabalho transmitido pela emissora pública de televisão VTV, horas depois de ter ordenado a expulsão da embaixadora da UE no país, Isabel Brilhante Pedrosa.

"A União Europeia é bem-vinda na Venezuela, mas se respeitar a democracia e as instituições democráticas em nosso país", completou o chefe de governo.

Nesta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, anunciou a expulsão de Brilhante Pedrosa, por ordem de Maduro. A ação foi uma resposta às últimas sanções da UE contra 19 venezuelanos, incluindo deputados e funcionários do Estado.


A medida era esperada desde ontem, quando o Parlamento, onde o partido governista tem imensa maioria, convocou o governo a implementar os mecanismos legais para a expulsão da diplomata. Maduro disse que, a princípio, não queria adotar a medida, mas se viu obrigado.

"Nós o fazemos contra nossa vontade, até mesmo porque queremos ter as melhores relações com toda a Europa, mas não podemos aceitar que alguém venha ofender a Venezuela, atacar, sancionar. Não aceitaremos isso da parte de ninguém", frisou.


O governo venezuelano já havia ordenado a expulsão da embaixadora europeia no final de junho de 2020, mas voltou atrás três dias depois.

Hoje, a UE pediu para a Venezuela reverter a advertência, argumentando que Maduro está se isolando cada vez mais. O chefe de governo tem a legitimidade questionada por vários países, e alguns deles reconhecem o opositor Juan Guaidó como presidente interino.

"A UE lamenta profundamente esta decisão, que só isolará a Venezuela internacionalmente. Solicitamos que a decisão seja revertida", declarou a porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa (EEAS), Nabila Massrali, à Agência Efe.

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