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Na ONU, representante de Israel compara líder iraniano a Adolf Hitler

Representante iraniano afirmou que Irã agiu em autodefesa, em reação a ataque de Israel contra consulado

Internacional|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Gilad Erdan, embaixador de Israel na ONU, denunciou violência sexual do Hamas
Erdan afirmou que Irã desrespeita direito internacional Gilad Erdan, embaixador de Israel na ONU, denunciou violência sexual do Hamas

O representante permanente de Israel na ONU (Nações Unidas), Gilad Erdan, comparou neste domingo (14) o regime do Irã à Alemanha nazista e o aiatolá Ruhollah Khomeini, líder da Revolução Iraniana, de 1979, a Adolf Hitler. A fala ocorreu durante reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos, depois das agressões do Irã contra Israel, entre a noite desse sábado (13) e a madrugada deste domingo (14), em resposta ao ataque de Israel contra o consulado iraniano na Síria, no início deste mês.

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“O regime islâmico de hoje não é diferente do Terceiro Reich, e o aiatolá Khomeini não é diferente de Adolf Hitler”, declarou Erdan. A sessão, convocada na manhã deste domingo (14) e que durou cerca de 1 hora e 25 minutos, terminou sem consenso sobre as agressões iranianas. Para Erdan, os ataques iranianos ultrapassaram todos os limites e Israel tem o direito legal de se defender. O representante pediu, ainda, que o Irã seja banido da ONU e receba sanções.

“O Terceiro Reich de Hitler foi concebido para durar 1.000 anos e se estender por todos os continentes, assim como Khomeini pretendeu que a hegemonia radical Xiita se estendesse por toda a região e além. É por isso que o Irã se arma com mísseis balísticos intercontinentais”, acusou o representante israelense, ao chamar os iranianos de “selvagens”.

“Em vez de gritar ‘sieg heil’ [saudação nazista que significa “viva a vitória”], esses islãs nazistas radicais gritam ‘morte para Israel, para a América, para a Inglaterra’. Assim como o regime nazista, o regime dos aiatolás espalha morte e destruição em todos os lugares que toca. Tal como o Terceiro Reich e os seus brutais oficiais da SS [polícia nazista], o regime iraniano não só espalha o mal por outros países, mas também atormenta e assassina os seus próprios cidadãos”, continuou Erdan.

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O israelense estendeu, ainda, as críticas ao secretário-geral da ONU, António Guterres. “Por que você não usou todos os meios possíveis para condenar o Irã e exigir o cumprimento das regras? Por que você estendeu o tapete vermelho para esses jihadistas genocidas? Por que você os trata como se eles estivessem interessados na redução da escalada da violência quando sabe que o oposto é verdadeiro?”, declarou.

Resposta do Irã

Amir Saeid Iravani afirmou que Irã "não teve escolha" (Eskinder Debebe/UN Photo - 14.4.2024)

Em retorno às acusações feitas por Erdan, o representante permanente do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, afirmou que o país não teve escolha, agiu em autodefesa e que mirou apenas alvos militares. “O Irã atuou inteiramente no exercício do direito inerente à autodefesa, conforme descrito no artigo 51º da Carta da ONU e reconhecido pelo direito internacional. Essas ações concluídas eram necessárias e proporcionais. Foram precisas e direcionadas apenas a objetos militares e foram executadas com cuidado para minimizar o potencial de escalada e evitar danos aos civis”, destacou o iraniano.

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Iravani criticou o posicionamento das potências ocidentais, que teriam “optado, mais uma vez, por fechar os olhos à realidade e ignoraram as causas profundas que contribuem para a situação atual”. Para ele, Estados Unidos, Reino Unido e França agem de “maneira hipócrita”.

“Os três países adormecem culpando e acusando o Irã, sem considerar as suas próprias falhas em defender o compromisso internacional com a paz e a segurança na região. Fizeram tentativas infrutíferas de usar mentiras, manipular a narrativa, espalhar desinformação e envolver-se num jogo destrutivo de culpabilização, ao mesmo tempo em que desconsideraram deliberadamente o direito inerente do Irã de responder à violação de um princípio fundamental do direito internacional — a inviolabilidade das representações diplomáticas”, acusou Iravani.

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Há mais de seis meses, esses países, especialmente os Estados Unidos, têm protegido Israel de qualquer responsabilidade pelo massacre de Gaza. Embora tenham negado ao Irã o direito inerente à autodefesa, justificaram vergonhosamente o massacre de Israel e o genocídio contra o indefeso povo palestino. Fizeram uma tentativa cínica de justificar e encobrir as atrocidades do regime israelense contra a Palestina por meio de uma interpretação arbitrária e enganosa da legítima defesa.

Segundo Iravani, depois dos ataques israelenses ao consulado iraniano na Síria, o Irã notificou a ONU sobre o direito de autodefesa e de resposta às agressões. “Apelamos a este conselho para denunciar veementemente o ato criminoso e terrorista injustificado, tomando medidas decisivas e apropriadas para evitar a prática de tais crimes horríveis contra as instalações diplomáticas de qualquer Estado-membro. O Conselho de Segurança falhou no seu dever de manter a paz e a segurança internacionais”, criticou.

O representante iraniano acusa Israel de cometer “genocídio” na Faixa de Gaza e de ser o responsável pelo conflito na região, ao atacar o povo palestino.

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