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Presidente de Israel oficializa mandato de Netanyahu para formar governo

O ex-primeiro-ministro terá 28 dias para formar sua coalizão de governo, que deve ser o mais direitista da história

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Benjamin Netanyahu recebeu do presidente de Israel, Isaac Herzog, a missão de formar um novo governo
Benjamin Netanyahu recebeu do presidente de Israel, Isaac Herzog, a missão de formar um novo governo Benjamin Netanyahu recebeu do presidente de Israel, Isaac Herzog, a missão de formar um novo governo

O ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que liderou as eleições legislativas de 1º de novembro, foi oficialmente nomeado neste domingo (13) para formar um governo, que deve ser o mais direitista da história, e acabar com um bloqueio político que já dura quatro anos. "Dou-lhe o mandato para formar um governo", declarou o presidente de Israel, Isaac Herzog, ao lado de Netanyahu, em uma entrevista coletiva em Jerusalém.

O anúncio veio depois que o presidente concluiu consultas políticas com as facções eleitas na sexta-feira, na qual 64 membros do Parlamento recomendaram que Netanyahu lidere a nova coalizão governista, disse o comunicado.

Netanyahu terá agora 28 dias para formar sua coalizão de governo, que deve incluir dois partidos ultraortodoxos e o Sionismo Religioso, uma aliança de formações de extrema-direita, conhecida por sua retórica antiárabe e suas posições supremacistas judaicas, ultranacionalistas, xenófobas e homofóbicas.

"Faremos tudo para que, com a ajuda de Deus, seja um governo estável e bem-sucedido, um governo responsável e dedicado, que trabalhe em benefício de todos os habitantes do país, sem exceção", disse o ex-chefe de governo durante cerimônia na residência presidencial em Jerusalém.

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"Pretendemos trabalhar juntos para aumentar o espaço de acordo. Mesmo que haja divergências de opinião entre partes da sociedade sobre questões fundamentais, há questões mais do que suficientes em torno das quais a grande maioria pode se unir e concordar. Somos irmãos, estamos destinados a viver lado a lado", acrescentou, em referência ao contexto de grande polarização após a vitória de seu bloco nas eleições de 1º de novembro.

Na mesma linha, Herzog salientou que “os cidadãos de Israel requerem um governo estável e funcional, um governo que sirva a todos os cidadãos, tanto aqueles que o apoiaram e votaram a favor, como os que se opuseram ao seu estabelecimento.

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Além disso, Herzog alertou que, embora o governo liderado por Netanyahu não reflita "todas as cosmovisões e posições do Legislativo", deverá "liderar um processo de conexão e unificação entre todos os segmentos da população e realizar um processo de diálogo responsável, cauteloso, aberto e franco com os demais poderes do Estado".

Essa última fala faz referência direta a uma preocupação da oposição, que será liderada pelo atual primeiro-ministro em exercício, Yair Lapid, sobre possíveis reformas judiciárias do novo governo que ameacem o Estado de Direito.

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Essas reformas, vistas por muitos como uma tentativa de minar a independência dos juízes, podem incluir mudanças que ajudem Netanyahu no julgamento no qual é réu por corrupção.

Negociações informais

Netanyahu, cujo partido Likud venceu as eleições com 32 cadeiras, foi recomendado, além de sua legenda, pelos 14 parlamentares da aliança de extrema-direita Sionismo Religioso, e pelos 11 do Shas e os 7 do Judaísmo Unido pela Torá, ambas legendas ultraortodoxas.

Embora os partidos já tenham iniciado negociações informais desde que foram conhecidos os resultados eleitorais, apenas após a designação presidencial de hoje começará o diálogo formal para a distribuição das pastas ministeriais.

Esse diálogo também abordará possíveis condições que os partidos possam exigir como requisito para sua inclusão no Executivo, algo que o ultradireitista Itamar Ben Gvir já fez hoje ao solicitar que a imigração para Israel seja proibida para pessoas que se converteram ao judaísmo por meio de sinagogas pertencentes ao movimento reformista, de natureza mais progressista e com critérios mais flexíveis.

Ben Gvir, o mais extremista entre os novos parceiros de Netanyahu e "número dois" do Sionismo Religioso – acusado mais de 50 vezes e condenado em oito ocasiões por tumultos, vandalismo, incitação ao racismo e apoio a uma organização terrorista –, exigiu o Ministério da Segurança Pública, que controla a polícia, o que preocupa os setores mais moderados.

Embora as negociações estejam ocorrendo a portas fechadas, a imprensa israelense sugere que o líder ultraortodoxo do Shas, Aryeh Deri, teria solicitado a pasta de Finanças; enquanto Bezalel Smotrich, que dirige o Sionismo Religioso, insiste em ser ministro da Defesa.

*Com informações da AFP, EFE e Reuters

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