A engenheira Kemi Badenoch foi nomeada na terça-feira (25) pelo novo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, para liderar o Ministério da Igualdade e da Mulher . De origem nigeriana e mãe de três filhos, ela é conhecida na política britânica por defender pautas conservadoras no Reino Unido.
Aos 42 anos de idade, Kemi é a porta-voz dos valores da direita e a aposta do Partido Conservador para conquistar eleitores mais jovens. Ela é contrária aos discursos propagados pela esquerda e chegou a ser chamada pela imprensa do Reino Unido de "o pior pesadelo do Partido Trabalhista".
Em sua primeira fala no Parlamento na gestão Sunak, nesta semana, respondeu à acusação de ser transfóbica por ter chamado uma mulher trans de homem: "A Lei da Igualdade é um escudo, não uma espada. Ela existe para proteger pessoas de todas as características, sejam elas jovens ou velhas, homens ou mulheres, negros ou brancos, gays ou heterossexuais", e concluiu que realiza "uma estratégia de igualdade compassiva".
Em 2021, um de seus posicionamentos sobre o movimento negro gerou polêmica e ganhou repercussão na internet: "A ideologia que vê a minha negritude como vítima e a branquitude como opressora (...) está violando a lei".
Durante as manifestações do Black Lives Matter, chamou o movimento de mobilização política de "anticapitalista" e disse ter visto um policial negro ser xingado por manifestantes. Apesar disso, fez questão de destacar: "É claro que as vidas negras importam".
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Essa é a segunda vez que Kemi ocupa o Ministério da Igualdade. Durante a gestão de Boris Johnson, ocupou o mesmo cargo entre fevereiro de 2020 e julho de 2022.
A conservadora foi eleita, em 2017, aos 37 anos, para ocupar um assento no Parlamento, mas sua carreira política começou alguns anos antes. Em 2015, ela foi eleita para ser deputada por Saffron Walden, no sul do país, e desbancou nomes de maior destaque apoiados pelo partido.
Kemi chegou a se candidatar para substituir Boris Johnson na liderança do Partido Conservador, mas não conseguiu o apoio necessário para seguir na disputa. Ainda assim, alguns analistas políticos a consideram uma "estrela em ascensão" entre os conservadores do Reino Unido.