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Sudão: Oposição volta a negociar transição com militares

Ambos os grupos querem organizar governo após golpe de de Estado que derrubou Omar al Bashir da presidência depois de 30 anos no poder

Internacional|Da EFE

Golpe de Estado derrubou ex-presidente Omar al Bashir
Golpe de Estado derrubou ex-presidente Omar al Bashir Golpe de Estado derrubou ex-presidente Omar al Bashir

A junta militar que comanda o Sudão e a oposição concordaram nesta quarta-feira (24) em retomar o diálogo para formar um governo de transição no país após o golpe de Estado que derrubou Omar al Bashir da presidência depois de 30 anos no poder.

Os militares e as Forças de Liberdade e Mudança, plataforma que reúne partidos e grupos de oposição, decidiram criar um comitê conjunto para discutir a transição política no país.

"Não há diferenças entre as Forças Armadas e as Forças de Liberdade e Mudança, já que nossa meta é a mesma", disse o porta-voz do Conselho Militar Transitório, Shamsaldin Kabashi, em entrevista coletiva realizada no fim do encontro.

Já o porta-voz das Forças de Liberdade e Mudança, Mahmoud Abbas, disse que os opositores decidiram aceitar o convite do diálogo após comprovar o "espírito positivo" da proposta.

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Os militares tiveram que ceder a exigências da oposição para restabelecer o diálogo interrompido no último domingo. Três generais que faziam parte do comitê de negociação renunciaram aos cargos hoje após pedido feito pelas Forças de Liberdade e Mudança.

O presidente da junta militar, Abdul Fatah al Burhan, está avaliando a renúncia dos três generais e tomará uma decisão sobre o assunto nos próximos dias. O comitê tem 11 representantes.

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O líder opositor Mohammed Yousif al Mustafa disse nesta quarta-feira à Agência Efe que a Associação de Profissionais, grupo liderado por ele, não voltaria a dialogar enquanto a junta militar mantivesse os três generais no comitê de negociação.

Mustafa acusou os três de terem participado de órgãos paramilitares ilegais durante a presidência de Omar al Bashir.

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A junta militar quer que o período de transição dure dois anos, mas a Associação de Profissionais, grupo que liderou os protestos contra Bashir, pretende ampliá-lo para quatro anos para realizar reformas políticas e econômicas que garantam a estabilidade do país.

O líder da Associação de Profissionais disse à Efe que admite a inclusão de alguns militares no governo de transição.

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