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Presidente do Sudão é retirado do poder por militares

Omar al-Bashir estava no poder há 30 anos. Comunicado foi divulgado por ministro da Defesa. Conselho militar de transição deve governar por 2 anos

Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7

Omar al-Bashir governava o país há 30 anos
Omar al-Bashir governava o país há 30 anos Omar al-Bashir governava o país há 30 anos

O presidente do Sudão, Omar al-Bashir — que governava o país há 30 anos —, foi retirado do poder por militares nesta quinta-feira (11), segundo comunicado divulgado pelo ministro da Defesa do Sudão, Awad Mohamed Ahmed Ibn Auf.

De acordo com o oficial, um conselho militar de transição foi estabelecido para governar o país pelos próximos dois anos. As informações são da rede de notícias americana CNN. 

Mais cedo nesta quinta-feira, o primeiro-ministro do Sudão, Mohamed Taher Ayala, e o chefe do Partido do Congresso Nacional, Ahmed Haroun, também haviam sido detidos — entre dezenas de outras autoridades. 

Onda de manifestações

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Desde o início do mês, centenas de manifestantes protestavam diante da entrada do quartel-general do Exército do Sudão para pedir aos militares que dessem as costas a Omar al-Bashir, que chegou ao poder por meio de um golpe de Estado em 1989. 

De acordo com a agência de notícias EFE, os protestos começaram em 19 de dezembro e nas primeiras semanas tiveram periodicidade diária, embora foram perdendo força devido à repressão violenta dos mesmos e pela entrada em vigor, em 22 de fevereiro, do estado de emergência, que permitiu o processo rápido contra centenas de ativistas.

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Tensões no Oriente Médio, guerras civis na África e crise humanitária na América do Sul. Conflitos ao redor do mundo dominaram as manchetes em 2018, e em 2019 não deve ser diferente. Tanto que a Foreign Policy — revista norte-americana sobre política global — elaborou um ranking com dez confrontos que merecem atenção neste ano que se inicia. Em 10º lugar, aparece a situação na Venezuela, que hoje ocupa os debates por causa das dúvidas sobre a legitimidade do presidente Nicolás Maduro — ele assumiu seu terceiro mandato no último dia 10 sob críticas da oposição e da comunidade internacional
O líder da Assembleia Nacional no país, Juan Guaidó, se declarou presidente interino em 23 de janeiro e recebeu o apoio de pelo menos nove países, além de entidades como ONU (Organização das Nações Unidas) e OEA (Organização dos Estados Americanos). Enquanto Maduro e Guaidó se digladiam pelo governo, a Venezuela vive o colapso econômico e a maior crise humanitária de sua história, com escassez de alimentos e remédios para a população. A ONU prevê que 5,3 milhões de venezuelanos fujam da pobreza no país até o fim de 2019
O conflito na Ucrânia ocupa o 9º lugar no levantamento da Foreign Policy. Os problemas na região começaram em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia — que costumava ser uma entidade política dentro do território ucraniano — e passou a apoiar grupos separatistas. O último dos capítulos na disputa entre os países se deu em novembro de 2018, com a escalada de tensão no Estreito de Kerch — onde três embarcações militares ucranianas foram alvejadas e apreendidas por Moscou Veja também: Após tensão com Ucrânia, Putin começa 2019 com baixa aprovação
O 8º lugar no levantamento é ocupado pela República dos Camarões, onde aproximadamente dez milícias separatistas vivem em confronto com as forças do governo. A disputa começou em 2016, quando professores e advogados de origem anglófona foram às ruas do país protestar contra o uso indiscriminado do francês nos sistemas de ensino. O conflito tomou maiores proporções e passou a englobar diferentes minorias. Estima-se que 200 soldados e 600 separatistas já tenham morrido em batalhas desde então, segundo a ONG International Crisis Group
Em 7º lugar no levantamento aparece a guerra civil no Sudão do Sul, que matou pelo menos 400.000 pessoas nos últimos quatro anos e começou com uma disputa política entre o presidente Salva Kiir seu então vice, Riek Machar. No último mês de setembro, os dois líderes assinaram um acordo de paz para diminuir a violência e governar em conjunto até 2022, quando acontecem novas eleições no país. A análise da Foreign Policy aponta, entretanto, que a rivalidade entre Kiir e Machar deve continuar até o próximo pleito — o que pode desencadear novas ondas de conflitos a qualquer momento
O 6º lugar entre os conflitos que devem dominar as manchetes em 2019 é ocupado pela tensão na Nigéria — que será palco de eleições gerais em fevereiro. Os pleitos nigerianos são historicamente violentos e a próxima votação não deve ser diferente. A corrupção sistemática, o desemprego galopante e a ascensão do grupo jihadista Boko Haram podem ser combustíveis para novos confrontos. Disputarão a presidência o atual chefe de Estado, Muhammadu Buhari, e o ex-vice-presidente Atiku Abubakar, principal líder da oposição
Segundo estimativas do Centro Sírio de Pesquisas Políticas (SCPR, na sigla em inglês), 470 mil pessoas já morreram desde 2011 na Síria, quando teve início a guerra no país governado por Bashar Al-Assad. O conflito está no 5º lugar do ranking da Foreign Policy e deve ter novos desdobramentos de violência em 2019, especialmente agora que o presidente Donald Trump anunciou vitória sobre militantes do Daesh — grupo extremista também conhecido como Estado Islâmico — e a retirada das tropas dos Estados Unidos da região
Para a Foreign Policy, o ano de 2019 apresenta riscos de confronto — retórico ou armado — entre Estados Unidos, Arábia Saudita, Israel e Irã. O conflito aparece em 4º lugar no ranking da publicação.  Os três primeiros países veem Teerã como uma ameaça regional — e as tensões foram agravadas desde que o presidente Donald Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear iraniano e retomou sanções contra o governo de Ali Khamenei. Embora o Irã não tenha respondido com severidade, analistas apontam para o risco de um choque acidental originado no Iêmen, no Golfo Pérsico, na Síria ou no Iraque — em cujas guerras estão envolvidas ambas as partes 
Com um aumento de medidas protecionistas dos dois lados, a guerra comercial entre Estados Unidos e China — as duas maiores economias do mundo — parece longe de acabar. Não à toa, aparece em 3º lugar entre os conflitos mais importantes deste início de 2019. Para analistas internacionais, uma escalada na disputa intensificaria a desaceleração econômica global já em andamento — à medida que os altos impostos e taxas afetam a capacidade das empresas em fazer negócios a médio e longo prazo
Em 2º lugar entre os conflitos que merecem atenção em 2019, aparece a guerra no Afeganistão — ocupado por dezenas de grupos terroristas que lutam contra o governo para restaurar a rigorosa lei islâmica no país. As batalhas mataram mais de 40.000 combatentes e civis ao longo de 2018. Atualmente, o Taleban — um dos principais grupos extremistas atuantes na região — discute com os Estados Unidos a retirada de forças estrangeiras e um possível cessar-fogo no ano que se inicia 
Em 1º lugar entre os conflitos mais preocupantes para o mundo em 2019 aparece a guerra civil no Iêmen, que já dura quase quatro anos e coloca o movimento Houthi, alinhado com o Irã, contra o governo de Abd-Rabu Mansour Hadi, apoiado pela Arábia Saudita. Com portos fechados e sem acesso a alimentos, os iemenitas vivem a pior crise humanitária da atualidade, com 16 milhões de pessoas assoladas pela fome. ONGs ainda apontam que cerca de 85 mil crianças morreram por desnutrição nos últimos três anos de confrontos. No fim de 2018, rebeldes e governo assinaram um cessar-fogo mediado pela ONU na Suécia, mas desde então poucos avanços ocorreram e os dois lados se acusam mutuamente de violar os termos da trégua 

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Tensões no Oriente Médio, guerras civis na África e crise humanitária na América do Sul. Conflitos ao redor do mundo dominaram as manchetes em 2018, e em 2019 não deve ser diferente. Tanto que a Foreign Policy — revista norte-americana sobre política global — elaborou um ranking com dez confrontos que merecem atenção neste ano que se inicia. Em 10º lugar, aparece a situação na Venezuela, que hoje ocupa os debates por causa das dúvidas sobre a legitimidade do presidente Nicolás Maduro — ele assumiu seu terceiro mandato no último dia 10 sob críticas da oposição e da comunidade internacional
O líder da Assembleia Nacional no país, Juan Guaidó, se declarou presidente interino em 23 de janeiro e recebeu o apoio de pelo menos nove países, além de entidades como ONU (Organização das Nações Unidas) e OEA (Organização dos Estados Americanos). Enquanto Maduro e Guaidó se digladiam pelo governo, a Venezuela vive o colapso econômico e a maior crise humanitária de sua história, com escassez de alimentos e remédios para a população. A ONU prevê que 5,3 milhões de venezuelanos fujam da pobreza no país até o fim de 2019
O conflito na Ucrânia ocupa o 9º lugar no levantamento da Foreign Policy. Os problemas na região começaram em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia — que costumava ser uma entidade política dentro do território ucraniano — e passou a apoiar grupos separatistas. O último dos capítulos na disputa entre os países se deu em novembro de 2018, com a escalada de tensão no Estreito de Kerch — onde três embarcações militares ucranianas foram alvejadas e apreendidas por Moscou Veja também: Após tensão com Ucrânia, Putin começa 2019 com baixa aprovação
O 8º lugar no levantamento é ocupado pela República dos Camarões, onde aproximadamente dez milícias separatistas vivem em confronto com as forças do governo. A disputa começou em 2016, quando professores e advogados de origem anglófona foram às ruas do país protestar contra o uso indiscriminado do francês nos sistemas de ensino. O conflito tomou maiores proporções e passou a englobar diferentes minorias. Estima-se que 200 soldados e 600 separatistas já tenham morrido em batalhas desde então, segundo a ONG International Crisis Group
Em 7º lugar no levantamento aparece a guerra civil no Sudão do Sul, que matou pelo menos 400.000 pessoas nos últimos quatro anos e começou com uma disputa política entre o presidente Salva Kiir seu então vice, Riek Machar. No último mês de setembro, os dois líderes assinaram um acordo de paz para diminuir a violência e governar em conjunto até 2022, quando acontecem novas eleições no país. A análise da Foreign Policy aponta, entretanto, que a rivalidade entre Kiir e Machar deve continuar até o próximo pleito — o que pode desencadear novas ondas de conflitos a qualquer momento
O 6º lugar entre os conflitos que devem dominar as manchetes em 2019 é ocupado pela tensão na Nigéria — que será palco de eleições gerais em fevereiro. Os pleitos nigerianos são historicamente violentos e a próxima votação não deve ser diferente. A corrupção sistemática, o desemprego galopante e a ascensão do grupo jihadista Boko Haram podem ser combustíveis para novos confrontos. Disputarão a presidência o atual chefe de Estado, Muhammadu Buhari, e o ex-vice-presidente Atiku Abubakar, principal líder da oposição
Segundo estimativas do Centro Sírio de Pesquisas Políticas (SCPR, na sigla em inglês), 470 mil pessoas já morreram desde 2011 na Síria, quando teve início a guerra no país governado por Bashar Al-Assad. O conflito está no 5º lugar do ranking da Foreign Policy e deve ter novos desdobramentos de violência em 2019, especialmente agora que o presidente Donald Trump anunciou vitória sobre militantes do Daesh — grupo extremista também conhecido como Estado Islâmico — e a retirada das tropas dos Estados Unidos da região
Para a Foreign Policy, o ano de 2019 apresenta riscos de confronto — retórico ou armado — entre Estados Unidos, Arábia Saudita, Israel e Irã. O conflito aparece em 4º lugar no ranking da publicação.  Os três primeiros países veem Teerã como uma ameaça regional — e as tensões foram agravadas desde que o presidente Donald Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear iraniano e retomou sanções contra o governo de Ali Khamenei. Embora o Irã não tenha respondido com severidade, analistas apontam para o risco de um choque acidental originado no Iêmen, no Golfo Pérsico, na Síria ou no Iraque — em cujas guerras estão envolvidas ambas as partes 
Com um aumento de medidas protecionistas dos dois lados, a guerra comercial entre Estados Unidos e China — as duas maiores economias do mundo — parece longe de acabar. Não à toa, aparece em 3º lugar entre os conflitos mais importantes deste início de 2019. Para analistas internacionais, uma escalada na disputa intensificaria a desaceleração econômica global já em andamento — à medida que os altos impostos e taxas afetam a capacidade das empresas em fazer negócios a médio e longo prazo
Em 2º lugar entre os conflitos que merecem atenção em 2019, aparece a guerra no Afeganistão — ocupado por dezenas de grupos terroristas que lutam contra o governo para restaurar a rigorosa lei islâmica no país. As batalhas mataram mais de 40.000 combatentes e civis ao longo de 2018. Atualmente, o Taleban — um dos principais grupos extremistas atuantes na região — discute com os Estados Unidos a retirada de forças estrangeiras e um possível cessar-fogo no ano que se inicia 
Em 1º lugar entre os conflitos mais preocupantes para o mundo em 2019 aparece a guerra civil no Iêmen, que já dura quase quatro anos e coloca o movimento Houthi, alinhado com o Irã, contra o governo de Abd-Rabu Mansour Hadi, apoiado pela Arábia Saudita. Com portos fechados e sem acesso a alimentos, os iemenitas vivem a pior crise humanitária da atualidade, com 16 milhões de pessoas assoladas pela fome. ONGs ainda apontam que cerca de 85 mil crianças morreram por desnutrição nos últimos três anos de confrontos. No fim de 2018, rebeldes e governo assinaram um cessar-fogo mediado pela ONU na Suécia, mas desde então poucos avanços ocorreram e os dois lados se acusam mutuamente de violar os termos da trégua 

Tensões no Oriente Médio, guerras civis na África e crise humanitária na América do Sul. Conflitos ao redor do mundo dominaram as manchetes em 2018, e em 2019 não deve ser diferente. Tanto que a Foreign Policy — revista norte-americana sobre política global — elaborou um ranking com dez confrontos que merecem atenção neste ano que se inicia. Em 10º lugar, aparece a situação na Venezuela, que hoje ocupa os debates por causa das dúvidas sobre a legitimidade do presidente Nicolás Maduro — ele assumiu seu terceiro mandato no último dia 10 sob críticas da oposição e da comunidade internacional

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