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Vídeo da invasão ao Capitólio deixa em silêncio o Senado dos EUA

Equipe de acusação passou vídeo com imagens fortes mostrando a violência causada por apoiadores de Trump em 6 de janeiro

Internacional|Da EFE

O democrata Jamie Raskin lidera a equipe de acusação no impeachment de Trump
O democrata Jamie Raskin lidera a equipe de acusação no impeachment de Trump

Na primeira participação durante o julgamento do segundo impeachment de Donald Trump no Senado, os democratas exibiram nesta terça-feira (9) um vídeo que reconstruiu minuciosamente a invasão ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente e que deixou o plenário em silêncio, enquanto alguns republicanos optaram por desviar o olhar.

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O objetivo do representante democrata Jamie Raskin, que lidera a acusação, era tentar provar que o discurso de Trump incitou à violência do ataque ao Capitólio, onde cinco pessoas morreram no dia 6 de janeiro.

Raskin pediu para que os republicanos se concentrem em "fatos frios e duros" e rejeitem os argumentos da defesa de Trump, que quer que o processo gire em torno da sua constitucionalidade e se o Senado tem o poder de julgar um presidente que já deixou a Casa Branca.


Assumir a evasão da responsabilidade, segundo Raskin, "é um convite para o presidente fazer o que quiser", incluindo o "uso de métodos violentos" para se manter no poder.

Reconstituição da invasão

Para provar o seu argumento, Raskin exibiu um vídeo de 13 minutos que reconstitui passo a passo o que aconteceu no dia 6 de janeiro, começando com o discurso que Trump fez ao meio-dia na Casa Branca, no qual incentivou os apoiadores a caminharem até o Congresso, que naquele dia certificaria a vitória eleitoral de Biden.


"Depois disto, vamos caminhar até lá, e eu estarei com vocês. Vamos para o Capitólio!", disse Trump no discurso, cujas palavras foram reproduzidas no plenário do Senado.

O vídeo também mostra imagens de como a multidão, agitando bandeiras com o nome de Trump, passou por todos os controles de segurança instalados ao redor do Capitólio e conseguiu entrar no edifício usando objetos ou força bruta direta para quebrar janelas e portas.


Também foi possível ver como os congressistas tiveram de desocupar as câmaras e como alguns tiveram de se agachar no chão enquanto esperavam para serem transferidos para um local seguro.

Os senadores ainda viram na tela um tweet de Trump escrito quatro horas após o início da invasão.

"Estas são coisas e eventos que acontecem quando uma vitória eleitoral esmagadora é arrebarata de maneira tão abrupta dos grandes patriotas que foram tratados tão injustamente e mal durante tanto tempo. Vão para casa e em paz. Lembrem-se deste dia para sempre", escreveu o então presidente.

Posteriormente, essa mensagem foi apagada pelo Twitter. A plataforma considerou que a publicação incitava à violência.

Reação republicana

Os gritos dos invasores ecoaram alto pelo Senado, que está parcialmente vazio devido aos protocolos de segurança para a covid-19. Quando o vídeo terminou, os senadores ficaram em silêncio durante alguns minutos.

O plenário do Senado foi um dos locais onde os extremistas entraram, e até se sentaram na cadeira do presidente. Os congressistas vivenciaram pessoalmente esses minutos de tensão.

Alguns senadores republicanos, no entanto, optaram por olhar para o outro lado. Rand Paul, por exemplo, manteve os olhos fixos num caderno em seu colo, no qual já tinha rabiscado com um lápis. Atrás dele, Rick Scott estudou alguns papéis, embora tenha olhado para a tela em algumas ocasiões.

Algumas poltronas atrás, Tom Cotton e Marco Rubio também mantiveram os olhos fixos em alguns papéis, ignorando as imagens exibidas, de acordo com o jornal The Washington Post.

Os democratas prepararam a estratégia em detalhes, e planejam mostrar vários vídeos do que aconteceu no dia 6 de janeiro.

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