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Copasa convoca população a reduzir 30% do consumo de água 

Sem medidas preventivas, Grande BH terá racionamento em quatro meses

Minas Gerais|Enzo Menezes, do R7

Sistema opera em níveis críticos
Sistema opera em níveis críticos Sistema opera em níveis críticos

O alerta foi dado pela presidente da Copasa, Sinara Meireles Chenna, nesta quarta-feira (22): a Grande BH pode ficar sem água até maio se não chover e se a população não fizer economia drástica. Das 34 cidades da região metropolitana, a Copasa fornece água em 31. Todas já sofrem com a escassez por conta da seca nos reservatórios. Por isso, o objetivo da Copasa é que as casas consigam economizar 30% do recurso. Podem ser afetados 5,7 milhões de habitantes. ( O que a Copasa deveria fazer? Vote na enquete abaixo)

O racionamento e a cobrança de taxa extra para consumidores que não entrarem na linha pode ser adotado ainda no primeiro semestre de 2015. Outra aposta da Copasa é a conclusão de obras para evitar o desperdício da rede, que hoje atinge 40% antes mesmo de chegar a casas e indústrias.

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Com a situação preocupante, a Copasa vai encaminhar para o Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) o pedido de declaração de escassez de água. Com a aprovação do documento, a Copasa pode oficializar o rodízio durante períodos do dia e multar consumidores pelo desperdício.

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Conforme a presidente da empresa, a situação já se complica há dois anos no Estado, mas a população não foi devidamente alertada. Segundo relatório da ANA (Agência Nacional de Águas), desde agosto de 2014 o Governo de Minas já tinha conhecimento dos efeitos da falta de água e deveria ter lançado campanhas de economia.

— Esses dados já existiam na Copasa e, há pelo menos dois anos, já apontavam para uma curva de queda preocupante nos níveis dos reservatórios.

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Para a atual presidente, os Governo anteriores, de Antonio Anastasia (PSDB) e Alberto Pinto Coelho (PP), deveriam ter alertado a população e tomado medidas de emergência.

— A situação só chegou a esse ponto porque a distribuição de água se manteve normal nos últimos dois anos.

Níveis do sistema

O Sistema Paraopeba, que abastece a Grande BH, opera com 30,25% da capacidade. Há um ano, era de 77,85%. As três represas que compõem o sistema estão em crise. Serra Azul tem só 5,73% do volume (ante 51% em 2014). Rio Manso caiu de 95% para 45% em um ano, enquanto a Várzea das Flores recuou de 68% para 28,31%.

O Sistema Rio das Velhas é interligado ao Paraopeba. A vazão do rio em janeiro atinge, normalmente, 80 metros cúbicos. Ano passado estacionou em 14 m³ e este ano opera apenas com 8 m³.

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