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Distrito destruído pela barragem de Mariana (MG) tem 2 casas prontas

Fundação responsável pela reparação dos danos afirma que o Rio Doce já está em condições iguais às que se encontrava antes do rompimento

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Tragédia aconteceu no dia 5 de novembro de 2015
Tragédia aconteceu no dia 5 de novembro de 2015 Tragédia aconteceu no dia 5 de novembro de 2015

Cinco anos após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, a 110 km de Belo Horizonte, duas casas do novo distrito de Bento Rodrigues ficaram prontas e outras 37 estão em andamento. No total, serão construídos 211 imóveis para os moradores da comunidade destruída pela lama de rejeitos, em novembro de 2015.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23), por André de Freitas, presidente da Fundação Renova, responsável pelas ações de reparação dos danos causados pela tragédia que causou a morte de 19 pessoas.

Durante reunião de balanço do trabalho realizado nos últimos quatro anos pela entidade, Freitas destacou que previsão era que o ano de 2020 terminasse com 85% das casas prontas. No entanto, o calendário foi afetado pela pandemia de covid-19. Agora espera-se que até dezembro deste ano, 95% da parte de infraestrutura seja concluída.

— A expectativa era que tivéssemos 5.000 trabalhadores no canteiro de obras, mas por causa da pandemia, estamos com aproximadamente um terço deste total.

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Leia maisCanteiro de obras para construção da nova Bento Rodrigues é montado

A expectativa agora é que o trabalho seja acelerado em 2021. Segundo a Fundação Renova, até o momento, foram investidos até o momento R$ 10,1 bilhões nas ações de reparação, que vão desde atendimento aos atingidos à construção dos imóveis destruídos.

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Rio Doce

Freitas anunciou que uma das metas concluídas foi em relação à revitalização do Rio Doce, até o litoral capixaba, que foi atingido por 40 milhões de metros cúbicos de rejeito.

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— A água já voltou ao patamar que era antes do rompimento. Se ela for tratada, pode ser consumida, assim como ocorre com qualquer outro rio.

Agora, um novo desafio em relação ao curso d’água é conseguir melhorar o saneamento nas comunidades que vivem na foz do rio. Estudos da fundação estimam que aproximadamente 140 milhões de metros cúbicos de esgoto não tratado são despejados no Rio Doce anualmente.

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Como parte das medidas compensatórias, a instituição prevê a aplicação de R$ 600 milhões em obras de saneamento em todas as cidades afetadas pela tragédia. Deste valor total, R$ 15 milhões já foram repassados para seis cidades que já começaram os trabalhos.

Indenizações

O balanço da Fundação Renova aponta que a instituição já pagou, até o dia 31 de agosto, R$ 2,6 bilhões a mais de 321 mil pessoas afetadas pelo rompimento. Deste total, R$ 1,28 bilhão foi destinado a moradores de Minas Gerais e o restante a moradores do Espírito Santo.

André de Freitas destacou, ainda, que a Fundação tem buscado formas de ressarcir os atingidos que tiveram dificuldade de comprovar os prejuízos que tiveram com o rompimento que completa cinco anos no próximo dia 5 de novembro.

— Existem casos de informalidade que são de difícil comprovação do dano. Nestes casos, estamos adotando uma nova dinâmica com base em decisões judiciais, que já beneficiou mais de 350 pessoas.

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