O procurador suspeito de atirar contra uma professora após uma briga de trânsito em Belo Horizonte foi proibido pela Justiça de frequentar bares e restaurantes. A decisão atende a um pedido do procurador-geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet, que abriu uma investigação sobre o caso.
O desembargador Júlio Cezar Guttierrez também determinou que Bertoldo Mateus Oliveira, de 59 anos, não pode deixar a cidade por mais de 15 dias sem avisar a Justiça. O suspeito ainda foi proibido de manter contato com a vítima e com as testemunhas do caso e teve o porte de arma de fogo suspenso. As determinações, que cabem recursos, valem por pelo menos 90 dias a partir da data de intimação.
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Na última semana, o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), além de abrir uma investigação para apurar os fatos, determinou o afastamento de Oliveira do cargo de coordenador estadual de Defesa do Direito de Família, das Pessoas com Deficiência e dos Idosos. Segundo o órgão, o procurador voltou às atividades na área cível.
A reportagem tentou contato com o procurador para comentar as medidas estabelecidas contra ele, mas as chamadas não foram atendidas. Sobre o suposto ataque na briga de trânsito, Oliveira disse ao R7 na semana passada que não vai comentar sobre o assunto.
O caso
A confusão aconteceu na noite do dia 1º de outubro. Imagens de circuito de segurança mostram o momento em que o carro que seria de Oliveira esbata no veículo da professora Simone Vaz, que saia de um restaurante.
Na época, a professora relatou à reportagem que foi seguida pelo carro que bateu no veículo dela. Quando entrava na garagem de cassa, o procurador teria ofendido Simone e atirando contra a professora e a companheira dela. As duas se esconderam atrás de uma pilastra e não foram atingidas. Oliveira foi levado para delegacia, onde prestou esclarecimentos e foi liberado após pagar fiança.