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MP vai intimar procurador de BH para explicar viagem de R$ 63 mil

Prefeitura de Belo Horizonte fretou avião para reunião com ministro do STF, em Brasília; Thomáz de Aquino passou apenas um dia na capital federal 

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Despesas foram publicadas no Dom
Despesas foram publicadas no Dom

O Ministério Público de Contas de Minas Gerais informou que vai intimar, ainda nesta terça-feira (12), o procurador de Belo Horizonte, Thomáz de Aquino, para explicar gastos de uma viagem à Brasília, no último dia 3 de maio. O deslocamento de um dia à capital federal custou R$ 63 mil, de acordo com publicação no Diário Oficial do Município, na quinta-feira passada (6). 

A decisão de abertura de inquérito pela procuradora Sara Meinberg foi publicada pelo Tribunal de Contas do Estado, nesta terça-feira (12). Após receber o documento, o procurador terá 10 dias úteis para responder o ofício. Segundo ela, o valor parece ser muito alto para o tipo da viagem.

— Como é um destino com voos comerciais, temos que olhar porque foi feita essa opção e ver se o valor é compatível.

O R7 fez um levantamento com empresas que prestam o serviço de voos fretados, como o usado por Aquino. Uma das companhias, tradicionais da capital mineira, informou que cobra R$ 27 mil pelos trechos de ida e volta para oito pessoas em um avião Learjet. 


"Covardes"

Nessa segunda-feira, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) disse que a responsabilidade sobre o voo é dele e chamou de "covardes" aqueles que levantaram suspeitas sobre o gasto. "Se houve um preço acima, a responsabilidade é unicamente do prefeito. A covardia que foi feita com ele [Aquino], façam comigo. São covardes, demagogos e mentirosos".


Questionada sobre os gastos, a prefeitura informou que a viagem foi marcada de última hora e, por isso, foi necessário fretar a aeronave. Segundo a nota, Aquino tratou sobre verbas não repassadas ao município e após a viagem, R$ 180 milhões do valor foi direcionado à cidade. A administração municipal não informou qual empresa foi usada para o deslocamento.

Veja a nota na íntegra:


“O Procurador-Geral de Belo Horizonte, Doutor Thomáz de Aquino, foi a Brasília no dia 03 de maio para uma agenda com Ministros do Supremo Tribunal Federal, concedida de última hora, e, por isso, foi necessário fretar uma aeronave.

O procurador foi à capital federal tratar das verbas não repassadas pelo Governo Estadual para a Prefeitura de Belo Horizonte. Três dias após a viagem, o Município recebeu R$180 milhões desses recursos que estavam atrasados.”

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