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Polícia Civil indicia freira por homicídio contra 10 idosos

Um médico também teria se envolvido nos crimes, que aconteceram em uma casa de acolhimento de Divinópolis (MG);

Minas Gerais|Ricardo Vasconcelos, da Record TV Minas

Inquérito apresentado pela Polícia Civil indiciou 15 pessoas
Inquérito apresentado pela Polícia Civil indiciou 15 pessoas

A Polícia Civil apresentou nesta quarta-feira (18) o inquérito que investiga a morte de 10 idosos no asilo conhecido como Vila Vicentina, em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, a 124 km de Belo Horizonte. Uma freira de 54 anos foi indiciada por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Outras 14 pessoas, incluindo um médico, vão responder pelos crimes de tortura, cárcere privado e maus-tratos.

De acordo com as investigações, o caso veio à tona em abril do ano passado, quando funcionários denunciaram os casos de violência contra 81 moradores do lar. Por conta disso, a Vigilância Sanitária interditou o local. Para garantir a sobrevivêndia dos internos, durante a investigação, a freira responsável foi afastada e outros representantes assumiram a coordenação.

"Testemunhas relataram que a freira responsável pelo cuidado aos internos determinava a omissão ou a inserção de informações falsas dos internos nos prontuários médicos e nas evoluções da enfermagem. Desse modo, alguns enfermos sofriam por horas, dias, até evoluir a óbito", explicou a delegada responsável pelo caso, Adriene Lopes.

Inquérito


No inquérito, foi constatado casos de violência contra 58 vítimas, sendo que 10 morreram por falta de assistência médica e omissão de socorro. Também foram constatadas condições precárias na estrutura da casa, com sanitários sem higiene, armazenamento inadequado de medicamentos e superlotação da ala da enfermaria.

"Conforme levantado, alguns dos institucionalizados, em especial os mais vulneráveis acometidos de distúrbios psiquiátricos, eram mantidos em ambientes insalubres, sem acesso à água e ao vaso sanitário. Além disso, alguns deles eram amarrados com contenções mecânicas sem prescrição médica. Também foi apurado que a instituição não tinha profissionais suficientes para cuidar dos internos como deveria", revelou Adriene.

Segundo a delegada, a freira responsável técnica pela instituição foi indiciada por crimes de infração de medida sanitária preventiva, exercício ilegal da medicina, curandeirismo, homicídio omissivo impróprio, cárcere privado, tortura e maus-tratos. Já o médico responsável pela unidade vai responder por falsidade ideológica, enquanto sete técnicos e auxiliares de enfermagem foram indiciados por maus-tratos, cárcere privado e tortura, sendo este último crime também imputado a outros seis funcionários da entidade.

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