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Polícia investiga denúncia de agressão e racismo em show do Alok na Grande BH

Cozinheiro de 26 anos diz que foi agredido por segurança; equipe do DJ disponibilizou advogados para a suposta vítima

Minas Gerais|Camila Cambraia, da Record TV Minas

Jovem denuncia que foi levado para um lugar escondido
Jovem denuncia que foi levado para um lugar escondido

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga uma denúncia de agressão e racismo durante um show do DJ Alok em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, no último sábado (27). A denúncia foi feita pelo cozinheiro Salathiel Meneses, de 26 anos. O jovem diz que foi atacado por seguranças do evento. Ele acredita ter sido vítima por ser negro.

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“Tinha cerca de seis seguranças perto de mim. Não sei para quê. Me afastei. Em determinado momento, eles voltaram e ficaram lá de novo. Quando acabou uma música, nós aplaudimos e eles me chamaram e abordaram. Minha amiga e o amigo dela, que eram brancos, não foram chamados”, disse.


O jovem denuncia que foi levado para um lugar escondido onde outras pessoas também sofreram agressões.

“Quando eu cheguei tinham quatro pessoas sendo agredidas. Todas eram pretas. Começaram a me agredir e a perguntar onde estavam a droga e outras coisas. Me jogaram no chão e me chutaram. Disseram para eu ficar de cabeça baixa para eu não olhar na cara deles”, denuncia.


Depois do episódio de violência, o cozinheiro ainda foi expulso do lugar. “Eles tiraram nossas pulseiras e nos chutaram para fora”, conta. O cozinheiro é natural do Amapá e mora em Belo Horizonte desde 2019. Ele diz que foi ao show após ganhar o ingresso em uma promoção.

Em nota, a Polícia Civil informou que apura “a motivação e as circunstâncias que envolveram o crime”. “Nos próximos dias, os envolvidos serão ouvidos para prestar esclarecimentos”, completou sobre a investigação que está em curso na 3ª Delegacia de Polícia Civil em Nova Lima.


Procurada, a produção do DJ Alok disse que está acompanhando a denúncia pediu empenho das autoridades na investigação. A equipe também declarou que deixou a estrutura jurídica do grupo à disposição do cozinheiro.

“A AIE repudia todo tipo de agressão ou práticas criminosas e está empenhada em buscar a verdade para que os responsáveis respondam pelos atos”, declarou. “Salientamos que nosso evento é inclusivo e traz valores que não compactuam com nenhum tipo de preconceito e discriminação por gênero, raça, etnia, orientação sexual, pessoas com deficiência, entre outros grupos sociais”, concluiu.

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