A caminho das prévias, Doria prega “espírito é de pacificação”
A caminho de Brasília para se inscrever para as prévias do PSDB, que indicará a chapa que vai concorrer ao Planalto, governador de SP confirma que deseja uma mulher para vice
Christina Lemos|Do R7
O governador de São Paulo, João Doria, deixou a reunião de secretariado pontualmente às 9h, para embarcar para Brasília, onde fará sua inscrição para disputar a indicação do PSDB para concorrer à presidência da República. Disputam com o paulista o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati (PSDB/-CE), além de Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus.
“O espírito é de pacificar o país, promover a proteção aos mais pobres, a geração de empregos e, principalmente, respeitar a democracia”, declarou ao blog, em conversa exclusiva, minutos antes de deixar o Palácio dos Bandeirantes. A decisão do partido sobre o tema está prevista para 21 de novembro.
O embate interno no ninho tucano deve se concentrar entre os dois governadores, ambos com chances de vitória nas prévias, com vantagem para o paulista, que articula para vencer resistências. Pesa a favor de Doria o apoio público de caciques históricos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e a marca de candidato anti-Bolsonaro, com quem o governador rompeu e antagoniza permanentemente.
Durante reunião do secretariado, ao qual apenas dois jornalistas do portal R7 e da Record TV tiveram acesso como convidados, o governador, metódico e rigoroso com o horário e procedimentos, reforçou a marca que deseja imprimir ao seu estilo: convidou para integrar a mesa uma mulher, um negro e um gay. Um casal de indígenas também estava presente à reunião. E frisou que o gesto era para explicitar a “pluralidade” que deseja estabelecer como marca.
E confirmou que deseja uma mulher para a posição de vice, numa eventual chapa para 2022. “As mulheres representam hoje 53% do eleitorado brasileiro. Além disso, é um gesto de respeito à importância das mulheres do nosso país”, declarou. "As mulheres têm um sentimento muito mais acolhedor em relação às políticas públicas de educação e proteção social e eu respeito muito isso”, concluiu.
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