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Luiz Fara Monteiro

Brasil sediará o exercício aéreo Combinado COOPERACIÓN XI

Após 12 dias de treinamento operacional, a Força Aérea Brasileira concluiu sua participação no evento realizado em Lima, no Peru. A edição real da COOPERACIÓN XI ocorrerá em 2026, na cidade de Campo Grande (MS)

Luiz Fara Monteiro|Do R7

FAB: participação no Exercício COOPERACIÓN IX, realizado em Lima, no Peru
FAB: participação no Exercício COOPERACIÓN IX, realizado em Lima, no Peru

Após 12 dias de treinamento operacional, a Força Aérea Brasileira (FAB) concluiu sua participação no Exercício COOPERACIÓN IX, realizado em Lima, no Peru, entre 8 e 19/05. Foram deslocados um KC-390 Millennium, do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT – Esquadrão Zeus), e um SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV – Esquadrão Pelicano), além de militares do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), visando à composição das células de planejamento, execução e controle do exercício (manning).

A cerimônia de encerramento do Exercício foi presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea do Peru (FAP), Tenente-General Carlos Enrique Chávez Cateriano, na Base Aérea de Callao, em 19/05. Ao final da solenidade, o Diretor-Geral do Exercício, Major-General Javier Tryon Carbone, entregou a bandeira do SICOFAA ao Coronel Aviador Márcio Gonçalves Ribeiro, chefe da delegação da FAB, por ser o Brasil o país a sediar a edição real da COOPERACIÓN XI, a ser sediada na cidade de Campo Grande (MS), em 2026.

As Forças Aéreas da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Honduras, Panamá, República Dominicana e Uruguai, além do próprio Peru, tiveram a oportunidade de não apenas treinar o pessoal envolvido, mas também de participar da avaliação do emprego do Manual de Operações Aéreas Combinadas para Ajuda Humanitária (MOAC-AH). Tal atividade, desenvolvida por meio da célula de Lições Aprendidas, analisava e discutia as observações dos militares participantes, que poderiam ser enviadas diretamente através de seus aparelhos celulares. Suas conclusões eram apresentadas a todos, diariamente, no briefing ao fim do dia.

Na primeira semana do Exercício, o cenário simulava a ocorrência de um movimento sísmico de terremoto de 8.5 na Escala Richter, com epicentro 60MN a noroeste da cidade de Ica, com uma influência em um raio de 350 milhas náuticas (cerca de 700 Km), afetando as localidades de Ica e Pisco na costa, Ayacucho e Jauja na serra e, na selva, a localidade de Puerto Esperanza.


Na segunda semana, simulou-se um cenário de inundações em diversas cidades causadas pelo fenômeno “El Niño”, afetando as regiões de Lambayeque, la Liberdad, Cajamarca e Ancash, principalmente nas localidades costeiras desta região, onde o aumento das precipitações trouxe, como consequência chuvas torrenciais e tempestades elétricas, ocasionando enchentes, inundações e deslizamentos de terra.

Foram executadas missões de Evacuação Aermoédica (CASEVAC e MEDEVAC), Busca e Resgate (SAR), Transporte Aéreo Logístico (TAL) e operações de Combate a Incêndio (CDS). Entidades nacionais e civis do Peru, que estão diretamente envolvidas em casos de desastres no país, também se integraram à operação multinacional combinada, como o Instituto Nacional de Defesa Civil (INDECI), o Corpo Geral de Bombeiro do Peru (CGBP), Telefônica do Peru, bem como governos regionais e locais.

Durante o evento, várias missões de treinamento foram executadas em proveito para a Campanha “ALAS DE ESPERANZA X” (Asas de Esperança), coordenada pela FAP e que transportou 16 toneladas de ajuda humanitária para a cidade de Cajamarca, além de 12 toneladas para a cidade de Lambayeque.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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