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Luiz Fara Monteiro

CEOs do setor aéreo revelam tendências para América Latina e Caribe

Expansão de rotas, diálogo com stakeholders e foco nas particularidades locais no centro das estratégias

Luiz Fara Monteiro|Luiz Fara MonteiroOpens in new window

ALTA: tendências do setor na América Latina e Caribe Divulgação ALTA

O ALTA AGM & Airlines Leaders Forum 2024 apresentou o painel “Visão do CEO”, trazendo uma análise estratégica sobre as rápidas transformações que moldam o setor aéreo. Moderado por Gabriela Frias, âncora da CNN, o debate explorou os principais desafios e tendências que estão moldando a aviação na América Latina e Caribe, com foco em inovação e sustentabilidade.Tracy Cooper, CEO da Bahamasair, destacou a importância de expandir as conexões entre América Latina e as Bahamas: “Nas Bahamas, 80% de nossos turistas vêm da América do Norte, enquanto a América Latina, com uma população maior, representa apenas 5 a 7% de nossos visitantes. Precisamos repensar essa dinâmica para fortalecer as conexões com a LAC”.Pedro Heilbron, CEO da Copa Airlines, comentou sobre as tendências que impactarão o setor nos próximos anos: “As regiões com políticas que atraiam investimentos e reduzam impostos terão um desempenho melhor. Um exemplo é Cartagena, onde a redução de taxas gerou um rápido crescimento no tráfego. Essa flexibilidade é essencial para o setor, especialmente em períodos de recuperação.”Roberto Alvo, CEO da LATAM Airlines Group, enfatizou a necessidade de considerar as particularidades regionais: “Não podemos nos nivelar com políticas de países mais desenvolvidos. Precisamos analisar nossa própria realidade e fomentar um caminho específico que valorize as características da América Latina e Caribe.”Sobre judicialização, John Rodgerson, CEO da Azul, compartilhou uma estratégia da companhia para reduzir a litigiosidade: “Decidimos ampliar o diálogo com as regiões onde operamos. Em um único estado no Brasil, 120 mil pessoas nos processaram, então levamos voos para lá e trouxemos todos para a mesa de discussão criando uma conexão mais direta com a comunidade, destacando a importância econômica da operação aérea para o PIB local.”A conectividade também é uma prioridade para a Avianca. “Depois da pandemia, a indústria fez um trabalho incrível para ser mais eficiente e também transportar mais pessoas com melhores tarifas. No nosso caso, este ano abrimos mais de 20 novas rotas, voltamos a quatro destinos e voltamos a outros cinco por primeira Agora, agora um dos retos que persistem para aprofundar o acesso é o alto custo de tarefas e impostos na região que pode contribuir até 50% no valor total de um bilhete”, afirmou Frederico Pedreira, CEO da Avianca.O painel ofereceu uma visão abrangente sobre as decisões que estão sendo tomadas para enfrentar os desafios do setor e promover um crescimento sustentável e alinhado com as necessidades regionais, posicionando a aviação da América Latina e Caribe como um setor resiliente e inovador em um cenário global.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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