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Luiz Fara Monteiro

Dia do Aviador: conheça os gaúchos que comandaram o voo de retomada do aeroporto de Porto Alegre

Para celebrar a reabertura do aeroporto Salgado Filho, a rota foi operada ´pelo Comandante Carlos Coster e o copiloto Henrique Schneider

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Comandante Carlos Coster Divulgação Azul

Na última segunda-feira (21), a Azul, maior companhia aérea em voos diários e destinos atendidos no Brasil, realizou o voo de reabertura do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Para celebrar a ocasião, a rota foi operada por dois gaúchos: o Comandante Carlos Coster, de 40 anos, e o copiloto Henrique Schneider, de 25. O voo AD2603, que partiu de Viracopos às 6h30 e pousou em solo gaúcho as 8h04, além da pintura especial teve em sua numeração mais uma homenagem: a data de aniversário da capital Porto Alegre, dia 26 de março. Coster e Schneider acenaram a bandeira do Rio Grande do Sul, logo na chegada.

Copiloto Henrique Schneider Divulgação Azul

O Comandante conta que ficou surpreso ao receber a escala mensal e perceber que nela estava escrito Porto Alegre. “A gente recebe um roteiro de atividades e como de praxe, eu fui ver os destinos e as folgas para poder organizar a minha rotina. Eu me surpreendi que lá estava a capital gaúcha porque a gente sabia que estava em obra, mas nunca sabemos de fato qual o dia do retorno. Até aquele momento, eu não tinha me dado conta de que aquele era o voo de reabertura. Quando me explicaram, foi uma grande surpresa”, contou.

Ele nasceu em Porto Alegre, numa família de imigrantes italianos e judeus poloneses. Já o amor pela aviação surgiu ainda criança, quando visitava o pai que trabalhava em Manaus. “Sempre fui apaixonado por voar, desde criança gostava de viajar, especialmente em voos com muitas escalas. Na época, ainda era possível visitar a cabine e eu sempre ia. Gostava até do cheiro de querosene! No dia do voo de reabertura, senti que estava vivendo um momento muito especial para o setor. Toda batalha tem o seu evento simbólico e a volta da operação regular é um deles. Ver o Salgado Filho funcionando dá uma esperança e a percepção de que as coisas estão voltando ao normal. No Rio Grande do Sul, nós temos a percepção de que tudo é batalhado e reconstruído, somos um povo forte e que cultiva a ideia de olhar sempre para frente”, completou Coster.

A Azul foi a primeira companhia aérea a operar voos para Canoas durante a emergência da crise climática em maio. Na época, o copiloto Henrique atuou como voluntário no resgate das vítimas. Nascido em Ivoti (RS) e formado em Ciências Aeronáuticas, ele apoiou o trabalho do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil na Serra Gaúcha, ao identificar as coordenadas que facilitaram o resgate aéreo das vítimas das enchentes.


“Eu pedi para fazer esse voo, que foi muito representativo e aconteceu no dia do meu aniversário. Ficamos sem aeroporto por seis meses e isso impactou muito a economia e os negócios. Foi difícil inclusive para os próprios Tripulantes, como são chamados todos que atuam na Azul. Nós temos a lembrança das cenas com a água inundando o aeroporto e as casas, agora temos uma nova imagem: a do recomeço. O sentimento é de consideração e coletividade. Fico muito grato à Azul por ter permitido que eu fizesse parte disso”, finalizou Schneider.

Os voos de retomada voltam a ligar Porto Alegre a Campinas (SP), Curitiba (PR), Belo Horizonte (Confins-MG), Congonhas e Guarulhos (SP) e Galeão (RJ). Também garantem conexões importantes dentro do estado, entre os municípios gaúchos de Santa Maria, Santo Ângelo, Pelotas e Uruguaiana.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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