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Israel comemora com emoção cada ano de Independência

País celebrou 73 anos no dia 14 e manteve a memória presente ao lembrar, na véspera, dos que tombaram pela nação

Nosso Mundo|Eugenio Goussinsky, do R7

Israel se desenvolveu ao longo dos anos
Israel se desenvolveu ao longo dos anos Israel se desenvolveu ao longo dos anos

Grupos de jovens se espalham nos gramados internos da Universidade de Jerusalém. Entre as edificações das faculdades, cujo térreo é repleto de cartazes por entre as escadas de ferro e nas paredes brancas, eles conversam, tomam lanche (a lanchonete fica ao lado, sob uma marquise) e respiram um pouco o ar bucólico do local, próximo de uma ampla avenida e vizinho do Knesset, Parlamento.

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Em um dos prédios, no segundo andar, o Start Jerusalem, evento que apresenta ideias recentes e inéditas iniciativas de startups, traz como palestrantes uma gama de profissionais de ponta, bem como esses jovens, entre as conversas nos gramados, buscam um dia ser.

Esse sistema planejado, com começo, meio e objetivo (a palavra fim não se encaixa), traz em sua essência a própria alma do Estado de Israel. "Israel mesmo é uma startup", diz um dos palestrantes, Saul Singer, especialista em política e economia do Oriente Médio.

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Na comemoração, na última semana (pelo calendário judaico), dos 73 anos de independência de Israel, foi revelada novamente essa essência.

Uma peculiaridade do país é que cada ano de existência é comemorado com fervor, orgulho e esperança, o que já é um forte indício do que move esta nação e o que a torna um ponto de interesse para o mundo inteiro.

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Há um planejamento implícito em tudo. Em Israel, a resposta a um cumprimento não é um vago "tudo bem". É um "tudo em ordem (hakol beseder)".

Das dificuldades econômicas, a população foi tirando o país do caos e, fez, entre 1950 e 1955, a economia israelense crescer 13% ao ano, moldada em um socialismo desenvolvimentista que culminou em um capitalismo que ainda luta para manter bases igualitárias. Esse é um dos objetivos do momento.

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Pode-se dizer que Israel é uma start up feita não de ano em ano. Mas de hora em hora. Com um idealismo de origens bíblicas e a experiência de séculos de perseguições e sofrimentos do povo judeu. A cada hora, o país se alimenta de memória.

E a data que marca a fundação do Estado de Israel é, por isso, antecedida pelo Yom Hazikaron, que é o dia da memória dos soldados caídos de Israel.

“Continuaremos a lembrar, aprender e ensinar enquanto cumprimos nosso propósito - defender, preparar e vencer. Que a memória dos caídos seja uma bênção”, afirmou em nota o chefe do Estado-Maior, Aviv Kohavi, para todas as missões diplomáticas israelenses no mundo.

Neste "de hora em hora", Israel acabou refletindo aspirações da própria humanidade, na busca de um sentido, de construir algo, de nunca se acomodar após um êxito.

Os jovens reunidos nos gramados da universidade sabem disso. Israel não é um país de gênios. É um país feito por humanos comuns que apenas valorizam ao máximo cada gota de aprendizado. Que desde cedo aprendeu a se aprofundar em busca de soluções.

A Matemática, a Física, a Química não foram essenciais para a conquista de vários Prêmios Nobel. Foram sim, essenciais para construir uma nação. Feita de hora em hora, desde as 16h do dia 14 de maio de 1948, quando foi assinada a Declaração de Independência do país.

A partir de então, cada hora tem um valor. A hora de se proteger. A hora de construir. A hora de descansar. A hora de se divertir. A hora de passear. A hora de dar. A hora de receber. A hora de chorar. A hora de sorrir. Tudo em um sentido simbólico porque, nas complexidades humanas, Israel tem entendido que uma hora pode estar dentro da outra. O importante é não perder o foco.

É assim que pensam os alunos da universidade que, após os minutos de descanso, vão se levantando do gramado e, passando as mãos na roupa para tirar a terra, se dirigem novamente para as salas de aula. Em busca da maior de todas as horas, presente em todos os instantes. A hora do conhecimento.

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