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Declaração de atriz revela a verdade por trás da indústria pornográfica

Em vídeo, americana Riley Reid diz que perdeu toda a família por escolher ingressar nesse meio

Refletindo Sobre a Notícia por Ana Carolina Cury|Do R7 e Ana Carolina Cury

Atriz diz se arrepender de escolhas e revela que, apesar do ganho financeiro, sua vida só ficou mais difícil
Atriz diz se arrepender de escolhas e revela que, apesar do ganho financeiro, sua vida só ficou mais difícil Atriz diz se arrepender de escolhas e revela que, apesar do ganho financeiro, sua vida só ficou mais difícil (Reprodução)

Um vídeo de uma atriz, Riley Reid, de 31 anos, viralizou novamente nas redes. Nele, ela conta como perdeu sua família devido à pornografia. "Muitas vezes, quando as pessoas me perguntam se deveriam fazer pornografia, eu digo 'não'. Isso torna a vida muito difícil, em todos os aspectos", declara. 

Ao detalhar as consequências do mercado pornográfico em sua vida emocional e familiar, as falas de Riley retratam uma triste realidade. "Eu não falo mais com a minha mãe. Sinto falta de ter uma mãe. Eu não tenho mais esse relacionamento com ela. E isso me entristece. Me desanima muito".

A jovem passa o mesmo com o pai. "Não tenho mais permissão para visitar meu pai. Sugeri tomarmos café e ele disse, ‘Eu não quero ser visto em público com você’. Aquele momento doeu muito".

O resto da família também não quer se associar a ela. "Perdi minha família, não converso com meus irmãos ou irmãs", diz a atriz, em lágrimas.

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Falsa realidade

A ex-atriz de cinema adulto Lana Rhoades também compartilhou que se arrepende de ter feito pornografia e sente-se envergonhada. "Esses vídeos me dão vontade de vomitar", confessa.

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Esse são apenas dois exemplos de muitos outros que mostram a verdade desoladora daqueles envolvidos na indústria pornográfica. Embora os atores enfrentem as consequências de suas escolhas, é importante reconhecer que a sociedade e as redes sociais têm sua parcela de culpa. Afinal, com o aumento do incentivo ao lucro através do sexo e da pornografia em plataformas populares, vemos uma crescente exposição a esses conteúdos, sem considerar os danos emocionais, relacionais e sociais que isso acarreta.

O consumo de pornografia está entre os comportamentos sexuais mais praticados por indivíduos compulsivos sexuais
O consumo de pornografia está entre os comportamentos sexuais mais praticados por indivíduos compulsivos sexuais O consumo de pornografia está entre os comportamentos sexuais mais praticados por indivíduos compulsivos sexuais (Imagem criada por IA/Freepik)

Muitas personalidades já admitiram ter tido uma relação prejudicial com a pornografia. No entanto, ainda vemos uma produção contínua de material pornográfico. Atualmente, jovens são constantemente incentivados nas redes sociais a seguirem uma "carreira" na indústria do sexo. Os influencers, em fotos glamourizadas, contam ter ganhos financeiros expressivos, mas raramente mencionam as consequências negativas associadas.

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"A disseminação de influenciadores que promovem o enriquecimento rápido em plataformas de conteúdo adulto é perigosa, especialmente para os jovens. Para protegê-los, é essencial promover uma educação sexual abrangente, abrindo diálogo sobre sexualidade, relacionamentos saudáveis ​​e bem-estar emocional, e encorajando a crítica e reflexão sobre os padrões de beleza e a influência negativa da indústria pornográfica", explica a psicóloga Cláudia Melo.

Tanto os atores quanto os consumidores de pornografia vivenciam danos devastadores. Índices alarmantes de problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade, suicídio e uso do álcool e outras drogas, são frequentemente associados ao trabalho na indústria pornográfica. Estudos feitos na Universidade de Cambridge já descobriram que a pornografia tem o mesmo efeito no cérebro que o alcoolismo e a cocaína. E cada vez mais as descobertas são muito negativas.

"Na minha clínica, noto um aumento significativo de viciados em pornografia, e não apenas isso, viciados no dinheiro que a pornografia pode gerar. Isso não é apenas uma questão moral, é uma questão de saúde pública", observa o psicanalista, Artur Costa.

Vencendo a ilusão

Infelizmente milhares de pessoas são vítimas da publicidade enganosa que promove a pornografia. Em um contexto em que a hipersexualização e o fácil acesso à pornografia são predominantes, é essencial discutir os riscos associados. Devemos combater a exploração, a objetificação e a violência presentes na indústria pornográfica, e promover uma cultura de respeito e igualdade para todos os indivíduos.

A indústria pornográfica não está nem aí para a nossa vida, o negócio é dinheiro e ponto. Não só explora a nudez e o sexo, como corrompe as pessoas, destruindo suas mentes. Afinal de contas, se realmente fosse algo bom, não seria estimulado a ser consumido escondido, não é mesmo? 

A imagem distorcida da sexualidade promovida pela indústria pornográfica gera expectativas irreais e prejudiciais em relação ao sexo e aos relacionamentos. É preciso ser inteligente para sair fora deste mercado que só destrói vidas, mentes e relacionamentos, ou então arcar com as consequências.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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