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Refletindo Sobre a Notícia

O que ninguém falou sobre a falta de resposta de Lula em debate

Silêncio de petista ao ser questionado sobre regulamentação da mídia traz reflexão importante

Refletindo Sobre a Notícia por Ana Carolina Cury|Do R7 e Ana Carolina Cury

Ao ser questionado sobre seu plano de regulamentar a mídia, no debate presidencial realizado pela Band, Lula optou por não responder, ficou em silêncio e mudou de assunto.

Um tema que merece ser debatido neste blog, afinal, vivemos em uma democracia e o que queremos para o futuro do país é que ela continue, e não regrida. Mas, meu caro leitor, é preciso prestar muita atenção, sobretudo nos detalhes, para que amanhã não sejamos silenciados por aqueles que colocamos no poder.

Em sua opinião, na vida, vale mais a prática ou a teoria? Falar ou fazer? Para mim, nunca adiantou alguém pedir desculpas e repetir o erro, ou então, dizer que me considera, mas me trair “pelas costas”.

Debate deixa questão importante: o que vai acontecer com a nossa liberdade?
Debate deixa questão importante: o que vai acontecer com a nossa liberdade?

Passamos anos e mais anos vendo discursos políticos cheios de promessas. Porém, não são os mais bonitos ou populares que devem prevalecer, e sim as atitudes daqueles que querem dirigir o país.


O candidato petista, por exemplo, tem manifestado há tempos seu desejo de promover a regulamentação da mídia, e suas atitudes autoritárias nos últimos dias, ao pedir a censura de meios de comunicação, é um grande indicativo do que pode acontecer. E isso não é uma teoria.

Ditadura da esquerda


Lula pode ter se desviado do assunto no debate, mas falou sobre ele em 2021, numa entrevista coletiva realizada em São Luís, no Maranhão. "Precisamos fazer um novo marco regulatório para a comunicação no Brasil. Aprovamos (no meu governo) um programa para que a gente pudesse regulamentar os meios de comunicação. [...] Eu não sei por que 'cargas d’água' não foi colocado no Congresso esse projeto".

Na ocasião, o petista garantiu que se voltar ao poder essa será uma de suas primeiras ações, atacou a imprensa e defendeu a Venezuela. "Eu vi como a imprensa destruía o Chávez [ex-presidente da Venezuela]. Aqui eu vi o que foi feito comigo. Nós vamos ter um compromisso público de que vamos fazer um novo marco regulatório dos meios de comunicação e espero que os senadores e os deputados entendam que isso é necessário para a democracia. Inclusive vamos discutir com a sociedade uma regulação da internet", detalhou.


Será que o problema de Chávez, ou da Venezuela, foi a imprensa? É claro que não! Como já falamos aqui, desde que o governo chavista passou a intervir nas empresas privadas e criar estatais deficitárias, a inflação passou de 1.000.000% e a população ficou sem acesso a itens básicos de consumo, passando fome. Não teve picanha nem cervejinha. Uma realidade triste, apoiada por quem diz defender o povo.

Presidente Lula com os ex-presidentes da Argentina, Nestor Kirchner, e da Venezuela, Hugo Chávez
Presidente Lula com os ex-presidentes da Argentina, Nestor Kirchner, e da Venezuela, Hugo Chávez

É uma afronta à democracia defender regimes que deveriam ser abominados por qualquer pessoa que visa um país justo e democrático. Mas, infelizmente, a paixão ideológica e a falta de informação têm cegado as pessoas e impedido uma compreensão racional dos fatos.

A prática vale mais

Eu entendo, também já fui vítima de uma romantização ideológica. Muitos jovens nem sequer viveram o período que o PT governou e acabam sendo seduzidos por discursos de que um lado é "o bonzinho que pensa no povo" e o outro é "o malvado".

Mas, se você pensa como eu, que a prática vale muito mais que a teoria, precisa checar resultados que vão além das críticas ou das falas tortas... 

Há quem diga que o PT tenha feito um bom governo quando estava no poder. Só que, a partir de 2014, o Brasil viveu a pior recessão da história; o que vimos foram milhões de empregos serem destruídos e mais de 8 milhões de pessoas indo para baixo da linha da pobreza.

Em contrapartida, atualmente, com o crescimento de 1,2% no segundo trimestre de 2022, o avanço da economia brasileira superou o de países que integram o grupo das sete nações mais ricas, como Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Em 2016, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou o Brasil em nono lugar em número de homicídios. Segundo dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nosso país registrou, naquele ano, o maior número de homicídios da história.

Tarcísio é alvo de tiros em Paraisópolis
Tarcísio é alvo de tiros em Paraisópolis

Quando vemos nossa realidade em 2022, os números divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram o contrário e revelam que o Brasil teve a menor taxa de homicídios em dez anos.

Demos 16 anos de chances que o PT melhorasse o país, porém, o que vimos foi o aumento da corrupção e muitos atrasos; sem falar nas relações e investimentos em países ditatoriais e os inúmeros casos de corrupção.

Seu voto é necessário

Estamos em 2022 e, por conta de falas como essa de Lula, nos vemos na necessidade de lutar, não apenas pela liberdade de expressão e da imprensa, mas por uma vida livre e um futuro promissor para os nossos filhos. Não devemos nos esconder só porque a polarização atual não aceita uma opinião diferente.

Se você não compactua com os ideais do PT, não se esconda atrás de um voto nulo.

Diante do que aconteceu com Michelle Bolsonaro e com Tarcísio de Freitas nos últimos dias, fica claro o lado que o crime organizado NÃO quer que fique no poder. 

Além disso, com todas as censuras, está evidente quem não quer a liberdade da imprensa e do indivíduo.

Diante dos ataques a quem tem um modo de pensar diferente, fica escancarado quem não respeita quem.

Não é o momento de ficar em cima do muro. O futuro do país depende de votos conscientes baseados em fatos, não em ilusões.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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