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Refletindo Sobre a Notícia

Razão para fúria de pai e filha chama atenção: "Não quiseram esperar"

Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão da dupla que agrediu uma médica e destruiu parte do Hospital Municipal Francisco da Silva Telles (HMFST), em Irajá

Refletindo Sobre a Notícia por Ana Carolina Cury|Do R7 e Ana Carolina Cury

A prisão de Samara Kiffini do Nascimento Soares, de 23 anos, e de seu pai, André Luiz do Nascimento Soares, de 46 anos, foi mantida e convertida em preventiva pela Justiça do Rio de Janeiro. Eles estão detidos desde domingo (16), sob acusação de agredirem a médica Sandra Lúcia Boyer Rodrigues, de 52 anos, e de terem provocado a morte de uma idosa no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, em Irajá.

Tudo aconteceu porque a dupla, revoltada pela demora no atendimento, espancou a profissional que prestava plantão no pronto-socorro. Conforme noticiou o R7, ainda durante o ataque de fúria, a idosa Arlene Marques da Silva, de 82 anos, que estava no setor reservado para pacientes graves, teve uma parada cardiorrespiratória e faleceu.

Pai e filha agridem médica por demora no atendimento
Pai e filha agridem médica por demora no atendimento

A polícia esclareceu que André estava com um machucado que não tinha gravidade e havia outros casos urgentes para serem atendidos antes dele. Mas ele e a filha não quiseram esperar.

"Falaram para aguardar um pouco, que ele seria atendido e, a partir daí, desencadeou uma fúria, começou a quebrar o ambiente do hospital, junto da filha dele. E a médica, ouvindo essa confusão, já estava em atendimento, saiu e foi até o hall do hospital (...). Ele já começou a ofender, a xingar, e deu um soco no rosto da médica. Ela caiu ao solo e foi chutada no chão. E, a todo momento, ele colocava a mão para trás, dizendo que iria estourar todo mundo, simulando estar armado. Foi um caos", afirmou o delegado Geovan Omena, da 27ª DP (Vicente de Carvalho), que investiga o caso.


Respeito e paciência

A história de André e de Samara é mais um exemplo da falta de respeito e de paciência do ser humano e revela, além do problema do caráter, a intolerância e a fúria que carregam dentro de si. Uma situação que poderia ser exceção, mas não é. Estão cada vez mais comuns discussões e agressões por motivos pequenos. As histórias são incontáveis, e as razões são cada vez mais insignificantes.


Pai e filha agora terão que lidar com as consequências de seu crime, mas, se tivessem raciocinado, tudo isso poderia ter sido evitado. E é aí onde mora um problema grave da humanidade: agir pelo que sente. 

A confusão causou a morte da paciente Arlene Marques da Silva, de 82 anos
A confusão causou a morte da paciente Arlene Marques da Silva, de 82 anos

Domínio próprio


O motivo que os levou a agredir a médica e destruir a unidade de saúde foi a insatisfação com a demora no atendimento. Agora você imagina se todo sentimento de revolta se transformar em agressão, o que acontecerá com a sociedade?

Já temos visto muitos exemplos. Por isso, feliz é quem entende que ter autocontrole é uma questão de necessidade. Mas isso é para os fortes. Os fracos se deixam levar pelo que sentem.

O domínio próprio faz com que haja equilíbrio quando o assunto é paciência, em todas as áreas da vida. Sobretudo para decidir como falar, quando falar, além de saber controlar as ações e reações. Uma característica de pessoas inteligentes e disciplinadas.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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