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Trilha do Agro

Preços do café sobem, apesar de produção maior e exportação recorde

Com seca severa, Vietnã oferta pouco café e o Brasil exporta mais com preços melhores

Trilha do Agro|Valter Puga JrOpens in new window

Produtores brasileiros estão exportando mais café Reprodução/RECORD

Desde os primeiros dias de junho, os preços do café arábica se mantêm acima de R$ 1.300,00 a saca de 60 quilos. Corretores do Sul de Minas e da região de Franca (SP), como a Mellão Martini, apontam preços de até R$ 1.420,00. Os negócios estão lentos no chamado mercado “spot”, mesmo com a colheita em andamento e boa quantidade de lotes prontos para entrega, dizem pesquisadores do Cepea, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP.

Em média, os preços avançaram no mínimo 5% neste mês de junho, não só para o café arábica como também para o café robusta, sustentados pela desvalorização do real e pelo clima seco no Vietnã, que é o maior produtor mundial de robusta e enfrenta seca severa, reduzindo a oferta ao mercado mundial.

Por conta dessa baixa oferta de café robusta pelo Vietnã, o Brasil tem registrado exportações recordes. Em maio deste ano os exportadores embarcaram 4,397 milhões de sacas, sejam de cafés verde e industrializado, o que indica o maior volume registrado para um mês de maio desde 1990, ano que o Cecafé, o Conselho dos Exportadores de Café, iniciou a apuração de dados de embarque para o exterior.

Nos 11 meses da atual safra, os embarques brasileiros totalizaram 43,7 milhões de sacas, apenas 2 milhões abaixo da marca histórica dos 12 meses da temporada 20/21.


CRESCE DEMANDA POR CAFÉ

Estima-se que a demanda do mercado mundial de café seja 2,2% maior nesta safra (de outubro 2023 até setembro de 2024) e estaria próxima de 177 milhões de sacas de 60 quilos, cerca de 4 milhões acima do consumo do período anterior de pouco mais de 173 milhões de sacas.


Diante da expectativa de uma produção mundial de não mais que 178 milhões de sacas, caso se confirme o consumo mundial de 177 milhões previsto, restariam apenas 1 milhão de sacas para adicionar aos estoques globais de café este ano.

Comparada à safra passada, a produção mundial atual estará quase 6% maior este ano, já que no período anterior a produção foi de aproximadamente 168 milhões de sacas. Pesquisadores apontam que 102,2 milhões serão de arábica (58% da produção) e 75,8 milhões de sacas de robusta/conillon (42% da produção).

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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