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IR 2021: vale a pena antecipar restituição para pagar dívida?

Especialista dá exemplo de quando é aconselhável ou não adiantar o recebimento do dinheiro devolvido pela Receita Federal. Confira!

Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7

Restituição do IR 2021 começou a ser paga na segunda-feira (31)
Restituição do IR 2021 começou a ser paga na segunda-feira (31) Restituição do IR 2021 começou a ser paga na segunda-feira (31)

O prazo de entrega da declaração do IR (Imposto de Renda) 2021 terminou na segunda-feira (31), juntamente com o pagamento do primeiro lote de restituição deste ano. Quem está ansioso para receber o dinheiro, um alerta: só vale a pena utilizar as linhas de crédito dos bancos para antecipar o pagamento da restituição do IR se tiver dívidas.

A dica é de Miguel de Oliveira, diretor executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

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"A restituição é corrigida pela Selic [taxa básica de juros] que já subiu 1,5 ponto percentual desde março e deve sofrer mais elevações até o fim do ano. Se não precisar do dinheiro agora, deixa lá que ele está rendendo", explica Oliveira.

No caso da quitação de dívidas vale a pena porque conforme vai passando o tempo a dívida vai crescendo, já que os juros embutidos sempre serão maiores do que o da restituição do IR.

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Se a pessoa está devendo no cartão de crédito%2C que tem uma taxa média de 12% ao mês%2C no cheque especial%2C com taxa de 8% ao mês%2C ou tem outras dívidas com juros altos vale a pena.

(Miguel de Oliveira)

Oliveira dá um exemplo. Se o contribuinte tem uma dívida de R$ 1 mil e vai receber o mesmo valor de restituição, a recomendação é antecipar e quitar a dívida na hora.

"Uma dívida de R$ 1 mil no cartão de crédito hoje ultrapassará R$ 2,2 mil até o fim do ano. Se o contribuinte sabe que sua restituição será de R$ 1 mil e o seu lote está previsto para sair apenas no fim do ano, se ele esperar, conseguirá pagar apenas metade do débito", exemplica o especialista.

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Confira a seguir as dicas de Oliveira e da educadora financeira Teresa Tayra para usar o dinheiro – antecipado ou não – de forma consciente em meio à pandemia da covid-19.

Pague dívidas

Pague as dívidas, principalmente aquelas que têm juros elevados, como cartão de crédito e cheque especial. Assim você evita que a dívida continue crescendo.

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Faça uma reserva de emergência

Se não tiver dívidas, guarde o dinheiro no Tesouro Direto, num fundo de renda fixa ou cardeneta de poupança, sugere Oliveira.

"Já estão se falando em uma terceira onda da covid-19, por isso é melhor se prevenir e ter dinheiro para uma eventual situação de emergência."

Controle seu orçamento

"Nessa pandemia muitos orçamentos precisaram ser refeitos por causa de uma redução de salário, perda de renda, entre outros motivos. Mesmo que não tenha sido o seu caso, por estarmos em meio a uma crise financeira, avalie se seu custo de vida está de acordo com sua renda e evite o desperdício", recomenda Teresa.

Histórico de consumo

Fique de olho no seu histórico de consumo, principalmente nas repetições que faz quando tem em mãos um dinheiro extra, orienta Teresa.

"Você o direcionou para algo que o ajudasse de fato na melhoria da sua jornada financeira?", questiona.

Compras por impulso

Desejos imediatistas, compras influenciadas pelas mídias e supérfluo em geral são os principais motivos de arrependimento de consumo, de acordo com a educadora financeira.

"Se você não ficar atento a este hábito, a chance de isso acontecer com sua restituição é muito grande.''

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