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Policial militar mata ex-noiva e tira a própria vida no Rio de Janeiro

PM usava farda no ato do crime, apesar de estar de folga. Ele trabalhava no 12º BPM, localizado em Niterói

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*

Policial de folga estava fardado no momento do crime
Policial de folga estava fardado no momento do crime Policial de folga estava fardado no momento do crime

Um policial militar matou a ex-noiva e depois tirou a própria vida nesta quinta-feira (14), no bairro de Coelho da Rocha, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Segundo informações da PM, o cabo Luiz Felipe dos Santos Monteiro trabalhava no 12º BPM (Niterói) e usava farda no momento do crime, apesar de estar de folga. 

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). 

Em nota, a Polícia Militar informou que vem desenvolvendo um trabalho voltado para o bem-estar e saúde dos agentes. Entre as medidas, estão o atendimento psicológico e a realização de palestras, além da atuação da Patrulha Maria da Penha para discussão da violência doméstica. 

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Também ontem, o programa iniciou a segunda fase, com um cronograma de capacitação desenvolvido pela coordenação da Patrulha Maria da Penha para os batalhões do interior do Estado do Rio de Janeiro com o objetivo de sensibilizaçar os policiais a atuarem em ocorrências que envolvam violência contra a mulher e o descumprimento de medidas protetivas.

Patrulha Maria da Penha

A Patrulha Maria da Penha propõe a realização de visitas periódicas às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, para verificar o cumprimento de medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha. Além disso, o programa também busca reprimir eventuais atos de violência.

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Policiais militares e guardas municipais fazem parte do programa, que alterou a lei de número 11.473/07. Segundo informações da Câmara dos Deputados, a medida insere a proteção dessas mulheres como atividade imprescindível à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas na lei de cooperação federativa na segurança pública. 

Em agosto deste ano, a Lei Maria da Penha completou 15 anos. A legislação é considerada pela ONU (Organização das Nações Unidas) uma das três melhores do mundo aplicadas contra a violência de gênero. 

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Violência contra a mulher no Rio de Janeiro

De acordo com o Dossiê da Mulher, realizado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), 59,3% das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar no Estado do Rio sofreram crimes dentro de casa em 2019. Tendo isso em vista, o isolamento social estabelecido em meio à pandemia da Covid-19 foi uma preocupação para os órgãos de proteção às mulheres.

Ainda segundo o ISP, no período de isolamento social no Rio de Janeiro em 2020 (13 de março a 31 de dezembro), houve queda em relação ao mesmo período de 2019 no número de registros de ocorrências na Polícia Civil. O percentual de redução variou de acordo com o tipo de violência: 22,2% no que diz respeito a vítimas de violência física, 18,0% nos números de violência sexual, 29,6% no que tange a vítimas de violência psicológica, 31,8% em relação a violência moral e 29,1%, a violência patrimonial.

Entre esses crimes, o número de registros enquadrados na Lei Maria da Penha apresentou queda de 21,9%. O número de ligações para o Disque Denúncia sobre “Violência contra a Mulher” também diminuiu (-20,3%).

No entanto, o serviço 190 da PMERJ apresentou um aumento de 1,6% na quantidade de ligações em comparação ao ano anterior. Apesar da queda surpreendente de denúncias durante os meses mais acentuados de restrições, o número de casos de feminicídio saltou no Brasil

O ISP identificou uma tendência de alta na violência de gênero em 2021, com a flexibilização das medidas de isolamento social. Dessa forma, os números podem retornar ao patamar grave de 2019.

Denuncie

O Disque 100 e o Ligue 180 são serviços gratuitos para denúncias de violações de direitos humanos e de violência contra a mulher, respectivamente. Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia pelos canais, que funcionam 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

De acordo com o ouvidor Nacional de Direitos Humanos, Fernando Ferreira, 98% das ligações são atendidas em cerca de 50 segundos.

Governo registra 105 mil denúncias de violência contra a mulher

Desde outubro do ano passado, o acesso ao Disque 100 também foi disponibilizado pelo WhatsApp. Para receber atendimento ou fazer denúncias por essa nova via, o cidadão deve enviar mensagem para o número (61) 99656-5008. Após resposta automática, ele será atendido por uma pessoa da equipe da central única dos serviços.

O serviço também está disponível no Telegram. Nesse caso, basta apenas digitar “Direitoshumanosbrasilbot” na busca do aplicativo. 

A pasta ainda disponibiliza o aplicativo Direitos Humanos Brasil. Para utilizá-lo, basta baixar a ferramenta no celular e realizar o cadastro, que pede o nome completo e o CPF do usuário.

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No site da Ouvidoria, o cidadão também pode ser atendido por meio de um chat. Para iniciar a conversa com a equipe do Disque 100 e do Ligue 180, basta acessar o chat no canto direito da página. É preciso apenas informar o telefone para iniciar o atendimento.

*Estagiária do R7 sob supervisão 

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