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"Era meu caçula, meu mundo", diz mãe de menino morto após ser atropelado em saída de igreja

Motorista prestou depoimento e foi liberado; caso aconteceu no domingo na Vila Medeiros

São Paulo|Do R7, com SP no Ar

A mãe do menino de três anos que morreu após ser atropelado na saída de uma igreja na Vila Medeiros, zona norte de São Paulo, falou que o motorista tinha como evitar o atropelamento. O atropelador, Renan Bento da Silva, de 26 anos, se apresentou à polícia, prestou depoimento e foi liberado. Ao todo, 16 pessoas foram atingidas pelo veículo em alta velocidade. O corpo de Kauan Israel Castro da Silva está sendo velado no salão de uma igreja evangélica no Jardim Brasil, também região da Vila Medeiros. 

Com novo laudo, polícia pede prisão de motorista que atropelou 16 pessoas em SP:

A mãe da criança, Kátia de Castro, também foi atingida no acidente e está com três vértebras da coluna lesionadas, além de fraturas na perna e em uma costela. Ela foi ao velório de maca.

— O meu bebezão, como eu falava, o meu caçula, era cercado de tudo, era o meu mundo. Acho que a ficha ainda não caiu.

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Kátia disse ter poucas esperanças de ver o motorista que matou Kauan preso. 

— Eu só falo para ele, que ele tem que pedir perdão a Deus, acho que nem Deus vai dar o perdão para ele. 

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Mãe de menino morto após ser atropelado em porta de igreja foi ao velório do filho de maca
Mãe de menino morto após ser atropelado em porta de igreja foi ao velório do filho de maca Mãe de menino morto após ser atropelado em porta de igreja foi ao velório do filho de maca

Por causa dos ferimentos, Kátia não pode se mover e só foi liberada do hospital para permanecer apenas três horas no velório do filho. Durante esse tempo, ela foi acompanhada por uma enfermeira. O enterro da criança está previsto para as 13h, no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, zona norte da capital paulista. 

O acidente foi na noite de domingo (9). Um carro invadiu a calçada e atropelou um grupo que saía de um culto religioso. Kauan, que morreu na quinta-feira (13), teve uma parada cardíaca ainda no local do atropelamento e foi reanimado. O menino também chegou a passar por uma cirurgia para a retirada do baço.

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Outra vítima, o pastor Washington Pirola, permanece internado em coma induzido. Na quinta-feira, a Polícia Civil atualizou o número de feridos. Ao todo, 16 pessoas foram atropeladas. No carro que provocou o acidente, a polícia encontrou maconha e cocaína

Ainda na quinta-feira, o motorista Renan Bento da Silva se apresentou à polícia. Ele foi acompanhado de um advogado. Na saída da delegacia, ele pediu perdão às vítimas. 

— Peço que Deus conforte o coração das vítimas, da família do Kauanzinho, do pastor que se encontra ainda no hospital. Peço perdão por tudo que aconteceu mesmo. 

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Ele não explicou porque estava com drogas no carro e saiu da delegacia hostilizado por moradores. O delegado Marco Antônio Dario não se conforma em ser obrigado a liberar o suspeito, que escapou do flagrante ao fugir após o acidente. 

— Para nós, é detestável esse tipo de coisa. Ele sair pela porta da frente. 

A polícia tentou manter o motorista preso. No começo da semana, pediu a prisão temporária de Silva, mas a Justiça negou o pedido. A Polícia Civil reconheceu a dificuldade em produzir provas porque as únicas testemunhas do acidente são as vítimas que estavam internadas. 

O delegado deve pedir novamente a prisão do motorista e vai usar como argumento o laudo que aponta a velocidade do carro na hora do atropelamento. O documento indica que o condutor dirigia a 118 km/h na hora do acidente, quase duas vezes o limite de velocidade permitida para a via. Em depoimento, Silva disse que fugiu do local do atropelamento porque teve medo de ser linchado. O delegado desconfia desta versão. 

— Só estavam as vítimas, todas caídas no chão. Dentre elas, sete crianças, senhoras. Então, não há o que se falar em linchamento ou coisa que o valha. Isso é um absurdo. 

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