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Ex-coronel é condenado por desvios de R$4,5 milhões na PM de SP

Ao todo, o esquema pode ter desviado mais de R$ 200 milhões, que envolvia outras 20 empresas que ainda são investigadas

São Paulo|Do R7, com informações de Thays Reis, da Ag

Desvios ocorreram em licitações de obras no Comando da PM em SP
Desvios ocorreram em licitações de obras no Comando da PM em SP

O TJM (Tribunal de Justiça Militar) aumentou de 15 para 26 anos a pena do ex-tenente-coronel José Afonso Adriano Filho, condenado por desvio de R$ 4,5 milhões nas obras de reforma no quartel do comando geral da Polícia Militar em São Paulo.

Leia também: Lava Jato da PM expôs esquema de desvios de mais de R$ 200 milhões

De acordo com a segunda instância do Tribunal Militar, o oficial usou recursos e a importância do cargo para benefício próprio. O coronel está preso no presídio para policiais militares Romão Gomes dese março de 2018.

O ex-tenente coronel da PM José Afonso Adriano Filho confessou em depoimento prestado ao TJM (Tribunal de Justiça Militar) ter "participado ocultamente" dos lucros da empresa MFA/Comercial das Províncias.


Ele afirmou receber 10% dos lucros da empresa, que é apontada em denúncia pelo MP (Ministerio Publico) como empresa de fachada criada para vencer licitações para o Departamento de Suporte Administrativo do Comando-Geral da PM.

O R7 havia revelado com exclusividade que a empresa Comercial das Províncias pertenceu a uma ex-namorada do coronel.


Ao todo, o esquema pode ter desviado mais de R$ 200 milhões, de acordo com as denúncias, envolvendo outras 20 empresas que ainda são investigadas.

Ordens superiores


Em seu depoimento, acompanhado também por quatro coronéis membros do Conselho Militar, Adriano reconheceu condutas irregulares, segundo ele, cumprindo ordens.

"A tabela de encargos, que define as funções do QG (Quartel General) foi corrigida em 2012, porque antes não podia fazer compras. [Compras para outros órgãos] foi legalizado a pedido da Secretaria da Fazenda. Antes era realizado mediante ordem informal, verbal", disse.

Segundo ele, as ordens verbais partiam de oficiais com maior patente que ele na época.

Adriano se negou a dar mais informações sobre o funcionamento da MFA/Comercial das Províncias junto aos processos de licitação do DSA/CG alegando revelar tudo em um acordo de delação premiada que estaria sendo elaborado.

O R7 não conseguiu contato com a defesa de Adriano após a audiência.

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