Quebrada City reúne mais de 700 jovens socialmente vulneráveis em São Paulo
Com teatro, música, dança e palestra sobre “O Recomeço”, evento começou às 13h, na Fábrica de Cultura Parque Belém
São Paulo|Do R7
A segunda edição da Quebrada City reúne mais de 700 jovens socialmente vulneráveis neste domingo (1º), em São Paulo. O evento começou às 13h, na Fábrica de Cultura Parque Belém, zona leste de São Paulo, com teatro, música, dança e palestra sobre “O Recomeço”, com mensagem de esperança, superação e mudança de vida.
O evento é promovido pelo programa Universal Socioeducativo (USE), mantido pela Igreja Universal do Reino de Deus, que organiza o encontro desde a sua primeira edição, em setembro de 2022, quando cerca de 350 adolescentes em risco social participaram. Desta vez, a iniciativa também contou com o suporte de 500 voluntários.
Mudança para o bem
Segundo o responsável pelo USE no Brasil, Ulisses Gomes, o público do Quebrada City — O Recomeço é composto por jovens residentes em abrigos assistidos pelo programa social, além de ex-internos de instituições socioeducativas e moradores de ocupações.
Alcançar jovens e adolescentes antes que o crime os alcance. Por este motivo, estamos realizando um evento na linguagem deles, para atrair sua atenção, resgatá-los e mostrar o caminho do recomeço.
O Quebrada City também reúne apresentações de musicais e dança angolana realizadas por adolescentes refugiados, além de serviço, em diferentes horários, de café da manhã, almoço e lanches para os presentes.
Situação de rua
A pesquisa de caráter nacional mais recente feita com dados sobre crianças e adolescentes em situação de rua no Brasil tem dados de 2019 — antes da pandemia de Covid-19. O estudo da ONG Visão Mundial revela que 70 mil menores viviam sem um lar, 51% enfrentavam extrema violação de direitos e 19% dormiam com fome; ainda, 37% declararam ter sofrido alguma violência.
Em São Paulo, um censo realizado em 2022 pela Prefeitura indicou a presença de 3.759 crianças e adolescentes pelas ruas da capital, das quais 16,2% frequentavam abrigos ou casas de acolhimento. A expectativa é que, em todo o Brasil, este quadro tenha piorado nos últimos anos.