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Cientistas descobrem duas novas espécies de dinossauro na China

Descoberta é fruto de parceria entre brasileiros e chineses; espécies foram chamadas de Silutitan sinensis e Hamititan xinjiangensis

Tecnologia e Ciência|Da Agência Brasil

Representação artística do Silutitan sinensis (esq.) e Hamititan xinjiangensis (dir.)
Representação artística do Silutitan sinensis (esq.) e Hamititan xinjiangensis (dir.) Representação artística do Silutitan sinensis (esq.) e Hamititan xinjiangensis (dir.)

Uma parceria entre estudiosos brasileiros e chineses resultou na descoberta de duas espécies novas de dinossauros saurópodes. As ossadas foram encontrados na província Xinjiang, localizada no Noroeste da China. O local, que apresenta rochas de aproximadamente 120 milhões de anos, já havia revelado centenas de pterossauros. O estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

Uma das espécies foi denominada Silutitan sinensis, identificada a partir de uma série de vértebras cervicais médias e posteriores articuladas. Ela faz parte de um grupo de dinossauros conhecido como Euhelopodidae, exclusivo da Ásia.

A outra espécie descoberta recebeu o nome Hamititan xinjiangensis e foi identificada a partir de uma sequência de vértebras caudais anteriores articuladas. A espécie representa um grupo denominado Titanosauridae, raro na Ásia, porém comum na América do Sul, inclusive no Brasil.

A descoberta teve como coordenadores Alexander Kellner, do Museu Nacional, que é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pelo lado brasileiro; e Xiaolin Wang, pesquisador do Institute of Vertebrate Paleontology and Paleoanthropology, da China.

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A parceria entre as duas entidades existe desde 2004 e já resultou em mais de 20 trabalhos.

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Vértebras cervicais em vermelho: Silutitan sinensis; vértebras caudais em amarelo: Hamititan xinjiangensis; vértebras sacrais em verde: espécime sem nome
Vértebras cervicais em vermelho: Silutitan sinensis; vértebras caudais em amarelo: Hamititan xinjiangensis; vértebras sacrais em verde: espécime sem nome Vértebras cervicais em vermelho: Silutitan sinensis; vértebras caudais em amarelo: Hamititan xinjiangensis; vértebras sacrais em verde: espécime sem nome

Silutitan sinensis e Hamititan xinjiangensis

De acordo com o Museu Nacional, o nome da primeira espécie citada no estudo, Silutitan sinensis, é uma combinação do termo Silu, que significa rota da seda, em mandarim, com titan, em alusão aos deuses gregos gigantes.

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Já a segunda espécie, Hamititan xinjiangensis, foi batizada a partir da junção do nome da localidade (Hami) onde os fósseis foram encontrados e novamente o termo titan.

De acordo com o Museu Nacional, “já haviam sido reportados um grande número de fósseis do pterossauro Hamipterus tianshanensis, incluindo ovos e embriões em excelente estágio de preservação”, nesse mesmo local onde os ossos das duas novas espécies foram encontrados.

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“Os achados ajudam na compreensão das relações de parentesco entre várias espécies de saurópodes”, informa o museu. Os estudiosos acrescentam que o Silutitan “é uma espécie intimamente relacionada a uma outra espécie chinesa chamada Euhelopus, mas que é mais antiga. Silutitan apresenta várias novas características morfológicas no pescoço desses animais em particular”.

Já o Hamititan xinjiangensis petence a um grupo “particularmente muito mais rico e diverso na América do Sul”. As novas espécies de dinossauros são, segundo o Museu Nacional, os primeiros vertebrados relatados nesta região, o que “aumenta a diversidade da fauna e também as informações sobre os saurópodes chineses, apoiando ainda mais uma ampla diversificação desses animais no [período] Cretáceo Inferior da Ásia”.

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