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Tecnologia e Ciência

Estudo aponta que 75% dos apps de Android possuem rastreadores

Empresas sabem até hábitos de compra e de localização de usuários

Tecnologia e Ciência|Filipe Siqueira, do R7

Dados são usados principalmente para entregar anúncios
Dados são usados principalmente para entregar anúncios

Um estudo conduzido por pesquisadores da organização francesa Exodus Privacy e especialistas em privacidade da Universidade de Yale concluiu que três em cada quatro apps de Android possuem algum tipo de mecanismo de rastreamento de dados de usuários.

Esses apps coletam um volume muito grande de informações principalmente para direcionar anúncios de forma mais precisa. São pelo menos 44 tipos de rastreadores diferentes detectados em apps muito populares do sistema do Google, como Netflix, Amazon, Tinder e Spotify, que somam bilhões de downloads.

As permissões desses rastreadores envolvem registrar como usuários se relacionam com outros usuários também identificados, modelos de telefone, movimentação física, redes Wi-Fi utilizadas, compras feitas online, presença em lojas de varejo. A ideia é saber até onde o usuário anda para entregar anúncios baseados em geolocalização precisa.

Até mesmo dados de saúde estão sendo transmitidos para terceiros sem a permissão expressa de usuários. E como não há qualquer fiscalização do Google ou entidades públicas, empresas podem cruzar essas informações e traçar perfis completos de cada um que utiliza um smartphone Android. E como essa coleta, muitas vezes, são fonte de renda, geralmente é repassada para terceiros ou mesmo coletados por rastreadores terceirizados.


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O Privacy Lab da Universidade de Yale descreve essa vigilância como "clandestina", e afirma ter confirmado 25 dos rastreadores informados pela Exodus em sua plataforma online de verificação. Apesar da análise não ter sido feita no iOS, os pesquisadores acreditam que os mesmos rastreadores estão presentes nas versões dos apps para o sistema da Apple.

Em um exemplo do uso comercial desses rastreadores, o site Intercept lembrou uma campanha da Gillete em parceria com o Tinder para descobrir se universitários bem barbeados tinham mais curtidas que homens com pelos não aparados.


Como sempre, os usuários são a parte fraca do embate: não há muito o que fazer para não ser rastreado, a não ser utilizar software livre e certificado por múltiplas auditorias e deixar de usar apps que geralmente facilitam a vida de todos.

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