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Facebook permitiu que Netflix e Spotify lessem mensagens privadas

Cerca de 150 empresas tiveram amplo acesso às informações dos perfis dos usuários, segundo investigação do New York Times

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7

Usuários tinham dados acessado por outras empresas mesmo sem consentimento
Usuários tinham dados acessado por outras empresas mesmo sem consentimento Usuários tinham dados acessado por outras empresas mesmo sem consentimento

O Facebook compartilhou dados dos usuários da rede social com outras empresas de tecnologia, como Netflix, Amazon Spotify e Microsoft, segundo informações publicadas pelo New YorkTimes nesta quarta-feira (19).

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A publicação realizou uma investigação própria em 270 páginas de documentos internos do Facebook e entrevistou mais de 60 ex-funcionários que revelaram um amplo comércio de dados coletados pela plataforma.

De acordo com o jornal, o negócio tinha como objetivo beneficiar tanto a rede social de Mark Zuckerberg quanto os parceiros. O Facebook conseguir atrair mais usuários e publicidade enquanto as demais empresas obtinham informações para tornar seus produtos mais atrativos.

A Netflix e o Spotify podiam ler as mensangens privadas dos usuários. A Amazon, por sua vez, podia acessar os nomes dos usuários e informações de contatos por meio de seus amigos. O Yahoo podia visualizar o fluxo de mensagens com amigos recentes. O Bing, da Microsoft, tinha acesso a praticamente todos os amigos dos usuários.

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Conforme as investigações da publicação norte-americano, mais de 150 empresas, principalmente que atuam na área de tecnologia, usaram os dados do Facebook sem o consentimento dos usuários.

A rede social permitiu esse tipo de acesso até mesmo após afirmar diante das autoridades que havia interrompido essa forma de partilha de dados dos usuários.

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Um porta-voz da rede social disse ao NYT que o Facebook administrou mal algumas de suas parcerias, permitindo que o acesso de certas empresas continuasse por muito tempo depois de terem desativado os recursos que exigiam os dados.

Alguns dos maiores parceiros, incluindo Amazon, Microsoft e Yahoo, disseram ao jornal que usaram os dados apropriadamente, mas se recusaram a discutir os acordos de compartilhamento em detalhes.

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Os porta-vozes do Spotify e da Netflix disseram ao NYT que não tinham conhecimento dos amplos poderes que o Facebook lhes concedeu.

Resposta do Facebook

O Facebook publicou explicações sobre sua relação com outras empresas e rebatendo algumas das acusações sobre o compartilhamento de dados dos usuários.

A rede social classifica Apple, Amazon, Blackberry e Yahoo de parceiros de integração. Essa relação teria o objetivo de melhorar as experiências sociais, como ver recomendações em outros aplicativos e sites populares, como Netflix, The New York Times, Pandora e Spotify.

Segundo a empresa, nenhuma dessas parcerias ou recursos deu às empresas acesso a informações sem a permissão dos usuários, nem violaram o acordo de 2012 com as autoridades norte-americanas.

Quanto ao acesso às mensagens privadas, o Facebook afirma que o usuário precisava da autorização explicita para poder usar recursos de troca de mensagens em plataformas de empresas parceiras.

Resposta da Netflix

A Netflix enviou ao R7 um posicionamento oficial sobre o caso:

"Ao longo dos anos, tentamos várias maneiras de tornar a Netflix mais social. Um exemplo disso foi o recurso que lançamos em 2014 que permitiu que os membros recomendassem programas de TV e filmes para seus amigos do Facebook via Messenger ou via Netflix. O recurso nunca foi muito popular, então o desligamos em 2015. Em nenhum momento acessamos as mensagens particulares das pessoas no Facebook ou pedimos para conseguir fazê-lo."

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