Dilma Rousseff: “Um raio não pode desligar o sistema de energia elétrica”
Presidente afirma que todos os problemas no fornecimento de energia são falhas humanas
Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff descartou, nesta quinta-feira (27) qualquer possibilidade de racionamento de energia no Brasil e afirmou que todos os problemas de interrupção de eletricidade são decorrentes de “falha humana”.
De acordo com Dilma, não se pode admitir que a queda de um raio seja usada como justificativa para falta de fornecimento de energia. A presidente fez questão de mostrar, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília, imagens gráficas demonstrando a incidência de raios no País nos últimos dias, e declarou que não é possível esperar que isso seja um problema para o sistema elétrico.
— O dia que falarem que caiu um raio vocês gargalhem. Raio cai todo dia nesse País, a toda hora. Um raio não pode desligar o sistema. Se desligar teve falha humana. A nossa briga é impedir que quando um raio caia, o sistema desligue.
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Tanto o Ministério de Minas e Energia como o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) alegaram que foi um raio que deixou 12 Estados do Brasil às escuras no último dia 15.
O apagão foi provocado por uma falha na usina hidrelétrica de Itumbiara, entre Minas Gerais e Goiás, que gerou o desligamento de outras instalações de transmissão e de geração de energia.
Segundo a presidente Dilma, as linhas de transmissão em funcionamento são suficientes para abastecer todo o País e disse achar “ridículo” quando ouve que o Brasil corre risco de racionamento de energia.
No entanto, admite que interrupções de fornecimento são frequentes. Segundo ela, são cerca de três mil por ano.
— Em princípio, não há falha que não é humana. O setor elétrico tem que ser implacável com interrupções. A gente não pode aceitar conviver com isso.
Dilma Rousseff disse que o governo agora trabalha, junto com as empresas do setor elétrico, na manutenção do sistema, além de novos investimentos. Segundo a presidente, o País priorizou durante muito tempo a construção de novas linhas, mas agora tem dinheiro para também modernizar os sistemas antigos.