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Ministro diz que espionagem “não é novidade”, mas nega que governo soubesse de ações no Brasil 

Em 2001, ministro da GSI falou ao Congresso sobre esquema de monitoramento dos EUA

Brasil|Kamilla Dourado, do R7, em Brasília


Segundo o ministro, se houve uma base no Brasil, foi clandestina
Segundo o ministro, se houve uma base no Brasil, foi clandestina

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse em audiência pública no Senado Federal, nesta quinta-feira (11), que o governo brasileiro conhecia a existência de programas de espionagem internacional antes das denúncias de Edward Snowden. Ele negou, no entanto, que o Brasil tivesse conhecimento dessas práticas em seu território.

Em 2001, o então ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência no governo FHC (1995-2002), general Alberto Cardoso, disse a parlamentares na Câmara dos Deputados que sabia de um programa norte-americano chamado Echelon, em parceria com outros cinco países.

Segundo Cardoso, o projeto tinha a capacidade de interceptar comunicações por e-mail, voz e fac-símile. A informação foi divulgada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo.

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De acordo com Paulo Bernardo, o mundo inteiro sabe que existe espionagem internacional. A diferença é que, agora, o esquema foi denunciado por um alguém que trabalhava dentro da organização.


— O governo brasileiro sabe que tem esse tipo de aparato. Agora, quando você questiona se é sabido que havia uma base de coleta de dados em Brasília até 2002 [...] O governo brasileiro não tem conhecimento oficial de nada disso, nuca fez nenhum tratado, nenhum convênio, nenhum acordo de cooperação que permitisse funcionar esse tipo de trabalho. [...] Portanto, se houve uma base aqui, foi ilegal e clandestina.

Paulo Bernardo reconheceu a importância para o Brasil das informações prestadas pelo o ex-consultor da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, Eduard Snowden, mas quando questionado se, pessoalmente, tivesse o poder de trazê-lo ao Brasil, Bernardo escorregou.

— Não tenho competência para ser ministro das Relações exteriores, por isso vou me abster.

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