A presidente da Petrobras, Graça Foster, prestou depoimento, nesta quarta-feira (11), na CPMI que investiga supostas fraudes na estatal e voltou a dizer que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), “não foi um bom negócio”. Esta é a quarta vez que Graça presta esclarecimentos aos parlamentares no Congresso Nacional. Durante quase duas horas, ela detalhou as negociações feitas para a compra da refinaria, deu dados sobre as condições financeiras da estatal e garantiu que a diretoria está aberta para fornecer qualquer informação adicional.Leia mais notícias de Política e Brasil Graça Foster disse que na época da compra Pasadena parecia um bom negócio, mas reconhece que a negociação trouxe prejuízos. Segundo ela, muitos dos gestores que autorizaram a compra já não estão mais na estatal e por isso as investigações ainda estão em curso. — Pessoas já deixaram a companhia, já mudaram as diretorias, já mudaram de área, estamos buscando pessoas que se aposentaram para que elas colaborem conosco nas informações. Estamos atendendo aos órgãos de controle sistematicamente. As informações prestadas por Graça Foster neste depoimento não são muito diferentes das prestadas nas últimas três vezes em que a presidente falou em comissões do Congresso. Em abril, logo que as denúncias contra a Petrobras vieram à tona, Graça falou na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara e na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Em maio, a presidente da estatal voltou ao Senado, para prestar depoimento na CPI da Petrobras, para responder às mesmas perguntas sobre Pasadena e as suspeitas de negociações e contratos firmados por meio de pagamento de propina. Como a CPI mista foi criada depois, os parlamentares decidiram convocar Graça Foster pela quarta vez. Depois do depoimento, deputados e senadores têm direito a fazer perguntas específicas à presidente. O relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), é o primeiro a falar. Segundo a presidência da comissão, ele tem um roteiro com 139 perguntas.