O senador Marcos do Val (Podemos) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF
Divulgação/Senado e Antônio Cruz/Agência BrasilO ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal nesta terça-feira (7) a devolver o celular do senador Marcos do Val (Podemos). De acordo com Moraes, a corporação já extraiu os dados necessários do aparelho.
O parlamentar entregou o equipamento espontaneamente à corporação na última quinta (2) ao ser investigado por divulgar nas redes sociais que teria participado de uma reunião com o então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), para planejar um golpe de Estado.
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Do Val chegou a dizer que teria sido coagido por Bolsonaro, mas depois apresentou outras versões da reunião, acusando o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) da trama.
Em outra versão, Silveira estaria propondo o golpe, enquanto Do Val e Bolsonaro estariam apenas ouvindo o ex-parlamentar. O plano era grampear Moraes e gravá-lo confessando que teria desrespeitado a Constituição nas eleições de 2022. O encontro entre Do Val, Bolsonaro e Silveira teria ocorrido após o segundo turno.
Quando depôs à Polícia Federal, o senador já apresentava uma quarta versão da história, segundo o próprio Moraes ao determinar a investigação.
"Ouvido sobre os fatos, o senador Marcos do Val apresentou, à Polícia Federal, uma quarta versão dos fatos por ele divulgados, todas entre si antagônicas, de modo que se verifica a pertinência e necessidade de diligências para o seu completo esclarecimento, bem como para a apuração dos crimes de falso testemunho (art. 342 do Código Penal), denunciação caluniosa (art. 339 do Código Penal) e coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal)", afirmou o ministro do STF.