Um dos quatro homens que confessaram ter participado do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips foi posto em liberdade nesta sexta-feira (24). Gabriel Pereira Dantas, de 26 anos, foi o quarto a ser preso por suspeita de envolvimento no crime. Ele foi encaminhado à Polícia Civil de São Paulo na quinta-feira (23) após abordar policiais militares na rua e dizer que participou do crime. No entanto, segundo aponta a investigação da Polícia Federal, os depoimentos dele não correspondem aos fatos ocorridos nos homicídios. “Não há indícios de [Gabriel] ter participado dos crimes ora em apuração, já que apresentou versão pouco crível e desconexa com os fatos até o momento apurados”, divulgou a Polícia Federal nesta sexta-feira. Gabriel chegou a ser detido, mas a Justiça negou o pedido de prisão temporária feito pela Polícia Civil e agora ele vai ser investigado em liberdade. Gabriel Pereira Dantas se envolveu no caso após abordar militares na praça da República, no centro da capital paulista, e dizer que tinha participado do crime. Ele foi levado à Polícia Civil para ser ouvido pelo delegado e disse ter sido o responsável por conduzir a canoa que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, usou para cometer os homicídios. Segundo o relato de Gabriel, ele teria fugido, após os assassinatos, para Santarém (PA). De lá, teria embarcado em um ônibus para Manaus (AM) e seguido para Rondonópolis (MT) e depois para São Paulo (SP). Após o depoimento na Polícia Civil, Gabriel foi transferido para as dependências da Polícia Federal, responsável por conduzir as investigações do crime, onde não quis prestar novo depoimento. “As investigações continuam em andamento, e novas diligências estão sendo realizadas pela Polícia Federal e pela Polícia Civil do Amazonas, sendo que, nesta data, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Atalaia do Norte e de Benjamin Constant, tendo sido apreendidos objetos possivelmente relacionados com os delitos”, informou a PF, nesta sexta.