Os bancários do município de Piracicaba, no interior de São Paulo, foram os primeiros a aprovarem a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e voltam ao trabalho já nesta sexta-feira (7). A paralisação, que completou 31 dias nesta quinta-feira (6), foi a maior do setor desde 2004. A proposta aceita pela categoria foi apresentada pelos patrões na quinta-feira (5) e prevê 8% de reajuste mais abono de R$ 3.500 para a categoria em 2016. Para os benefícios de vale-alimentação e vale-refeição, o reajuste proposto é maior, de 15% e 10%, respectivamente. Para 2017, os patrões aceitaram repor integralmente a inflação oficial, calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas. Ainda na quinta, a (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) orientou pela aprovação da proposta. Nesta e os sindicatos realizam assembleias nesta quinta-feira (6) em todo o País. Além dos reajustes, a categoria conquistou o abono total de cada um dos 31 dias que ficaram de braços cruzados. A Fenaban disse, porém, que proposta só vale até as assembleias desta quinta-feira (6), com retorno ao trabalho na sexta feira (7). De acordo com o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, os bancários saem vitoriosos de uma das campanhas mais difíceis dos últimos anos, impactada pela conjuntura política e econômica do País. — A primeira proposta de Fenaban que reajustava nossos salários em 6,5% foi apresentada no dia 29 de agosto, em plena efervescência política do processo de impeachment, que aconteceria dois dias depois. Iniciamos nossa greve com um novo governo, que estabeleceu medidas e ajustes que prejudicaram as nossas reivindicações. Os banqueiros insistiram em um modelo aplicado nos anos 90 na Era FHC de reajustar salários abaixo da inflação e conceder abono para compensar a diferença.