Pagamento do 13º deve injetar R$ 158 bilhões na economia brasileira, diz Dieese
Cerca de 84,7 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados pelo pagamento do 13º
Economia|Do R7
O pagamento do 13º salário até dezembro de 2014 deverá injetar cerca de R$ 158 bilhões na economia do País, segundo estimativas divulgadas nesta terça-feira (4) pelo Dieese (Departamento intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Caso seja confirmado, o valor é correspondente a aproximadamente 3% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.
Esse valor será pago aos trabalhadores que atuam no mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; beneficiários da Previdência Social, aposentados e recebedores de pensão da União e dos estados e municípios. Cerca de 84,7 milhões de brasileiros serão ainda beneficiados com um rendimento adicional de, em média, R$ 1.774.
O número de pessoas que receberá o 13º salário neste ano é cerca de 2,9% superior ao calculado para o ano de 2013. Estima-se também que aproximadamente 2,39 milhões de pessoas passarão a receber o benefício por terem requerido aposentadoria ou pensão, por terem se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda por terem tido o seu vínculo empregatício formalizado.
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Dos cerca de 84,7 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados pelo pagamento do 13º salário, aproximadamente 32,7 milhões, ou 38,6% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Os empregados formais (52 milhões) correspondem a 61,4% do total. Entre estes, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam 2,122 milhões equivalendo a 2,5% do conjunto de beneficiários do abono natalino.
Regiões
Refletindo a maior capacidade econômica da região, 51% do 13º salário deve ficar nos estados do Sudeste, região que concentra também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e pensionistas.
Outros 16% do montante devem ser pagos na região Nordeste, enquanto ao Sul serão destinados 15,8%. Para as regiões Centro-Oeste e Norte, irão, respectivamente, 8,7% e 4,8%. Deve-se observar que os beneficiários do regime próprio da União respondem por pouco menos de 5% do montante e podem viver em qualquer região.
O maior valor médio, de R$ 3.327, deve ser pago no Distrito Federal e o menor, é encontrado nos estados do Maranhão e Piauí — ambos com média próxima a R$ 1.200. Estas médias, porém, não incluem o pessoal aposentado pelo regime próprio dos Estados e dos municípios, cujo total não foi possível obter.
O cálculo realizado pelo Dieese leva em conta dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ambos do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Também foram consideradas informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente a 2013, e informações do MPAS (Ministério da Previdência e Assistência Social) e da STN (Secretaria do Tesouro Nacional).
Para efeito do cálculo, o Dieese não leva em conta os autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho.
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