Quase 13 milhões produzem roupas e alimentos para o próprio consumo
Cultivo, pesca, caça e criação de animais são as principais atividades realizadas para consumo próprio no ano passado, mostra IBGE
Economia|Alexandre Garcia, do R7
Cerca de 12,8 milhões de brasileiros com mais de 14 anos trabalharam na produção para o próprio consumo em 2019, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (4), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o levantamento sobre outras formas de trabalho, a produção para o próprio consumo é realizada por 7,5% da população nacional, com maiores proporções entre homens (8%) e pessoas de cor parda (8,6%).
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O estudo mostra ainda que a produção para o próprio consumo diminui conforme aumenta o nível de instrução da população, variando de apenas 2,7% entre aqueles com ensino superior completo a 13,3% entre aqueles sem instrução ou com ensino fundamental incompleto.
A utilização da produção própria também é maior entre as pessoas fora do mercado de trabalho (8,6%), contra 6,5% dos ocupados.
Tipo de produção
A pesquisa aponta que a grande maioria das pessoas que produziram para o próprio consumo (78%) realizam atividades relacionadas ao cultivo, pesca, caça e criação de animais. O volume de pessoas envolvidas nesse tipo de atividade cresceu 1,2 ponto percentual na passagem de 2018 para 2019.
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Na sequência, aparecem as atividades de produção de carvão, corte ou coleta de lenha, palha ou outro material (13,2%), fabricação de calçados, roupas, móveis, cerâmicas, alimentos ou outros produtos (12,8%) e construção de prédio, cômodo, poço ou outras obras (7,6%).
Apesar do cultivo de alimentos representar a maior proporção dos trabalhos para consumo próprio, as atividades relacionadas a construção são as que mais exigem tempo dos brasileiros, cerca de 14,3 horas.
No cultivo, pesca, caça e criação de animais e na fabricação de roupas, a quantidade média de tempo dedicado foi de, respectivamente, 9,9 e 8,5 horas por semana. Já as produções de carvão, corte ou coleta de lenha e palha exigiram 4,4 horas semanais dos brasileiros.