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Quase 90% dos recursos do programa de carro popular já foram usados

Desde o dia 5 de junho, as montadoras já pediram R$ 420 milhões dos R$ 500 milhões à disposição

Economia|Do R7

Programa de descontos já usou R$ 420 milhões
Programa de descontos já usou R$ 420 milhões

Após 18 dias, o programa de descontos para a aquisição de carros populares do governo federal já disponibilizou quase 90% do total de recursos às montadoras. Segundo painel do MDCI (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), subiu para R$ 420 milhões o volume de crédito tributário autorizado para uso no programa do carro mais barato.

O total destinado a essa modalidade do programa, lançado no último dia 5, é de R$ 500 milhões. Segundo a previsão do setor, o recurso não deve durar nem um mês. O governo federal afirma que não vai prorrogar os valores, a fim de manter a venda com descontos por mais tempo.

Entre as montadoras, a Fiat lidera o volume de créditos solicitados, com R$ 190 milhões; é seguida por Volkswagen, com R$ 60 milhões, Peugeot (R$ 50 milhões), Renault (R$ 50 milhões) e Hyndai (R$ 40 milhões). Ford, General Motors, Mercedes-Benz, Nissan e On-Highway têm R$ 20 milhões cada uma. 

Os créditos solicitados pelas montadoras são convertidos em descontos para o consumidor na compra de carros com valor de mercado até R$ 120 mil. Os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2.000 a R$ 8.000, mas muitas empresas têm aplicado margens maiores por conta própria.


Uma portaria publicada nesta terça (20), em edição extra do Diário Oficial da União, prorrogou por mais 15 dias, até 5 de julho, a exclusividade das vendas de carros para pessoa física. Para ônibus e caminhões, a exclusividade terminou ontem.

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O programa determina desconto direto ao consumidor, com recursos de R$ 500 milhões para carros, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus. Os montantes devem ser convertidos em descontos para o consumidor na hora da venda do veículo.


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Como funciona

Nos carros, os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2.000 a R$ 8.000 e são válidos para veículos novos com preço de mercado de até R$ 120 mil. As montadoras podem aplicar descontos adicionais por conta própria, como vem ocorrendo.

No caso de caminhões e ônibus, os descontos vão de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.

As montadoras ampliaram a oferta de carros mais baratos no programa de descontos do governo federal, lançado pelo MDIC em 5 de junho. O número de modelos que podem ter descontos de R$ 2.000 a R$ 8.000 subiu para 266. Inicialmente, eram 232. Essas versões correspondem a 32 carros de nove montadoras.

Veja aqui a relação de todos os modelos e veículos incluídos

Entre os critérios para definir os descontos dos automóveis estão:

• maior eficiência energética;

• maior densidade industrial (capacidade de gerar emprego e crescimento no entorno); e

• menor preço.

Quanto maior a soma desses fatores, maior o desconto no preço do carro.

Para caminhões e ônibus novos, o escalonamento seguiu apenas o critério do preço, em proporção inversa à do usado nos carros, ou seja, os descontos aumentam conforme os veículos vão ficando mais caros. Podem ser adquiridos modelos leves, semileves, médios, semipesados e pesados, além de ônibus urbanos e rodoviários.

Para participar do programa, a pessoa ou empresa interessada tem de entregar à concessionária um caminhão ou ônibus com mais de 20 anos de uso. Os veículos velhos devem ser encaminhados a recicladoras cadastradas nos Detrans.

Veja os descontos de 32 modelos que estão no programa de carro popular

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