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Programa do 'carro popular' chega a 80% dos recursos gastos em duas semanas

Montadoras já pediram R$ 400 milhões em crédito tributário para descontos; volume restante não deve durar até o fim do mês

Economia|Do R7


Movimento em concessionária de São Paulo
Movimento em concessionária de São Paulo

O MDCI (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) informou nesta quarta-feira (21) que subiu para R$ 400 milhões o volume de crédito tributário autorizado para uso no programa do carro mais barato.

O montante equivale a 80% do total de recursos destinado a esta modalidade do programa, lançado há duas semanas, que é de R$ 500 milhões.

Segundo previsão do setor, o recurso deve durar até o fim deste mês. O governo federal ainda não definiu se haverá prorrogação dos valores para manter a venda com descontos por mais tempo.

Os créditos solicitados pelas montadoras são convertidos em descontos para o consumidor na compra de compra de carros com valor de mercado até R$ 120 mil. Os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil, mas muitas empresas têm aplicado margens maiores por conta própria.


Uma portaria publicada nesta terça (20) em edição extra do Diário Oficial da União prorrogou por mais 15 dias, até 5 de julho, a exclusividade das vendas de carros para pessoa física. Para ônibus e caminhões, a exclusividade terminou ontem.

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O programa determina desconto direto ao consumidor, com recursos de R$ 500 milhões para carros, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus. Os recursos devem ser convertidos em descontos para o consumidor na hora da venda do veículo.


A Fiat é a empresa com mais créditos solicitados ao governo. Segundo painel do MDIC, foram R$ 190 milhões autorizados pela pasta à montadora.

Em seguida está a Volkswagen, com R$ 60 milhões. Em terceiro lugar a Peugeot, com R$ 50 milhões. Hyundai e Renault, cada uma, tiveram R$ 40 milhões autorizados.


Outras oito empresas demandaram, cada, R$ 20 milhões em crédito. Outras dez, R$ 10 milhões cada.

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Como funciona

Nos carros, os descontos patrocinados pelo governo vão de R$ 2.000 a R$ 8.000 e são válidos para veículos novos com preço de mercado de até R$ 120 mil. As montadoras podem aplicar descontos adicionais por conta própria, como vem ocorrendo.

No caso de caminhões e ônibus, os descontos vão de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.

As montadoras ampliaram a oferta de carros mais baratos no programa de descontos do governo federal, lançado pelo MDIC em 5 de junho. O número de modelos que podem ter descontos de R$ 2.000 a R$ 8.000 subiu para 266. Inicialmente, eram 232. Essas versões correspondem a 32 carros de nove montadoras.

Veja aqui a relação de todos os modelos e veículos incluídos

Entre os critérios para definir os descontos dos automóveis estão:

• maior eficiência energética;

• maior densidade industrial (capacidade de gerar emprego e crescimento no entorno);

• menor preço.

Quanto maior a soma desses fatores, maior o desconto no preço do carro.

Para caminhões e ônibus novos, o escalonamento seguiu apenas o critério do preço, em proporção inversa ao usado nos carros, ou seja, os descontos aumentam conforme os veículos vão ficando mais caros. Podem ser adquiridos modelos leves, semileves, médios, semipesados e pesados, além de ônibus urbanos e rodoviários.

Para participar do programa, a pessoa ou empresa interessada tem de entregar à concessionária um caminhão ou ônibus com mais de 20 anos de uso. Os veículos velhos devem ser encaminhados a recicladoras cadastradas nos Detrans.

Veja os descontos de 32 modelos que estão no programa de carro popular

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