Riquezas do País encolhem 0,6% no 2º trimestre e Brasil segue em recessão
PIB brasileiro acumula seis períodos consecutivos de queda, segundo IBGE
Economia|Do R7
A economia brasileira voltou a encolher no segundo trimestre deste ano. Na comparação com os primeiros três meses deste ano, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro caiu - 0,6%. O indicador das constas nacionais trimestrais corresponde à soma de todos os bens e serviços produzidos no País.
Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre deste ano alcançou R$ 1,5 trilhão.
O resultado, divulgado nesta quarta-feira (31), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), corresponde ao sexto período seguidos de queda do PIB nacional.
Para que o recuo da economia se configure como recessão, são necessários apenas dois períodos consecutivos de resultados negativos.
Na comparação com o segundo trimestre de 2015, a variação do PIB foi negativa em 3,8%. Já no acumulado dos quatro últimos trimestres, a economia registrou queda de -4,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
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A divulgação do resultado contou ainda com a revisão da retração apresentada no trimestre anterior. A queda, inicialmente apontada como de 0,3%, foi, na verdade, de 0,4%.
A expectativa do último relatório dos economistas consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) é de que o PIB Brasil termine 2015 com uma retração de 3,16%. Se o resultado for confirmado, será o segundo ano seguido de recessão econômica. Em 2015, a economia nacional encolheu 3,8%, em relação ao crescimento de apenas 0,1% do ano anterior.
Setores
Entre os setores, a agropecuária, que até o último trimestre era o único ramo de atividade que apresentava crescimento, caiu 2% nos últimos três meses. O setor de serviços, por sua vez, recuou 0,8%.
Na contramão da agropecuária, a Indústria variou positivamente em 0,3%, apesar da variação negativa de 0,2% na Construção. O resultado trimestral do setor foi guiado pela área extrativa mineral e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, que cresceram, respectivamente, 0,7% e 1,1%.
Quando comparados com o mesmo trimestre de 2015, a agropecuária registrou queda de 3,1%, a indústria teve contração de 3% e o setor de serviços caiu 3,3%.
Investimento
Dos R$ 1.530,4 bilhões contabilizados no PIB do segundo trimestre, R$ 1.318,1 bilhões está relacionado ao valor adicionado a preços básicos e R$ 212,3 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No valor, está registrado que 16,8% foram destinados a investimento ao longo do segundo trimestre, valor abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (18,4%). A taxa de poupança, por sua vez, foi de 15,8% no segundo trimestre de 2016, contra 15,1% no mesmo período do ano passado.