Professores universitários brasileiros vão à Finlândia em busca de melhor formação
O programa Professores para o Futuro se propõe a apoiar projetos de pesquisa aplicada
Educação|Do R7*
Cerca de 30 professores universitários brasileiros selecionados para participar do programa Professores para o Futuro embarcarão no início de agosto para a Finlândia. A ideia é dar continuidade aos estudos.
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Iniciativa do MEC (Ministério da Educação) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o programa propõe-se a apoiar projetos de pesquisa aplicada que contribuam para a capacitação dos professores com a concessão de bolsas de desenvolvimento tecnológico e inovação no exterior júnior.
As propostas serão financiadas com recursos no valor global estimado de R$ R$ 3.975 milhões, oriundos do orçamento da Setec (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica) do MEC. No mínimo 30% dos recursos serão destinados a projetos coordenados por proponentes vinculados a instituições das regiões Norte ou Nordeste.
Os docentes selecionados tiveram de comprovar que são efetivos do quadro permanente dos institutos federais, ter o currículo Lattes atualizado e domínio da língua inglesa.
O início efetivo do programa contempla uma primeira etapa na Finlândia e outra no Brasil. A fase nacional será acompanhada a distância pelos instrutores finlandeses.
Na Finlândia, Os estudos são realizados na University of Applied Sciences (Hamk), University of Applied Sciences (Haaga-helia) e University of Applied Sciences (Tamk).
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Autor de um projeto voltado para a melhoria do processo de formação na área técnica e integração com pesquisa aplicada, Domingos Sávio Soares Felipe, do Instituto Federal do Ceará, campus de Fortaleza, é um dos selecionados.
— Isso vai causar um grande impacto na instituição porque a tendência é, quando retornarmos, compartilhar as experiências adquiridas, de forma que não seja uma questão individual, mas com todos os colegas, ressalta em entrevista ao MEC.
Outro selecionado é o professor André Fernando Uebe Mansur, do Instituto Federal Fluminense. Formado em administração, com doutorado em informática na educação, Mansur destaca ainda que o programa é eclético nas áreas dos saberes científicos.
— A possibilidade de conhecer uma nova realidade em um país que é referência em educação e tecnologia e poder trazer resultados práticos para o Brasil é no mínimo empolgante, avalia, Também em entrevista concedida ao MEC.
Integração
Na Finlândia, o ensino superior tem papel significativo na sociedade e no sistema nacional de inovação. O país conta ainda com um modelo de educação técnica que absorve cerca de 80% dos estudantes. No ensino médio, mais de 40% dos alunos optam pela modalidade integrada à educação profissional.
Os diplomas, tanto do ensino médio regular quanto do integrado à educação profissional, dão acesso a instituições de ensino superior. A formação dos professores baseia-se em pesquisa, com exigência de dissertação de mestrado. Além disso, há cursos sobre prática didática e pelo menos um ano de estágio docente em escola municipal ou de aplicação.
* Com informações do MEC