Após sacrifício de cachorro da enfermeira infectada por ebola, ativistas exigem leis de proteção para animais
Faltam protocolos para casos de animais contaminados por doenças e vírus contagiosos
Internacional|Do R7
Ativistas e defensores dos animais estão se mobilizando nas redes sociais para chamar a atenção para a falta de protocolos que definam os procedimentos para casos de animais contaminados por doenças e vírus contagiosos.
A proposta inicial foi criada por Javier Limón, marido da enfermeira espanhola Teresa Romero, que contraiu ebola em Madri. O casal era dono do cachorro Excalibur, sacrificado por ter tido contato com a dona depois de ela ter sido infectada.
Teresa já está recuperada da doença, mas ainda lamenta a perda de seu animal de estimação.
Desde a última semana, mais de 250 mil pessoas assinaram uma petição criada por Limón, através do site Change.org, que pede que as autoridades criem preconizem formas de tratamento para situações semelhantes e demitam os responsáveis pela morte de Excalibur.
Livres de ebola, enfermeira e seu cão se reencontram após longa quarentena
"Nós sentimos que o que foi feito com nosso cão Excalibur foi uma injustiça", explica Limón. "Havia outras possibilidades menos prejudiciais e que também poderiam servir para a comunidade científica ter mais conhecimento sobre a doença, sua evolução e possíveis tratamentos", lamenta.
Para ele, a decisão das autoridades espanholas foi "radical" e o cão poderia ter sido usado para avanços e estudos científicos sobre o ebola.
Para justificar sua ação, o marido de Teresa cita o cachorro da enfermeira norte-americana, Nina Pham, que também contraiu ebola, mas não foi sacrificado. O animal ficou em quarentena e foi observado por veterinários, que garantiram um reencontro seguro entre ele e sua dona, ambos livres do vírus.
A história de Excalibur ganhou repercussão e apelo mundial, e apesar de ter cerca de 400 mil assinaturas para que ele não fosse sacrificado, a decisão do governo foi mesmo de matar o animal.