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Chefe da OEA diz não haver "desordem" na Venezuela, mas promete se reunir com deputados opositores

Partidos opositores alegam "falta de ordem demorática" na Venezuela

Internacional|com R7

Insulza é secretário-geral da OEA
Insulza é secretário-geral da OEA

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou neste sábado (12), no Chile, que na terça-feira se reunirá com parlamentares opositores da Venezuela, depois que na sexta-feira a Mesa da Unidade Democrática considerou "lamentável" a continuidade do governo de Hugo Chávez.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) está "preocupada pelo fato de que se vive uma situação transitória, com o presidente da República doente, algo não habitual. Mas não parece haver desordens no país pelo menos", declarou aos jornalistas.

A "falta de ordem democrática" é o argumento utilizado pela ala mais radical dos opositores a Chávez para descrever a situação no país. Esse foi o mesmo termo utilizado ano passado pelo Mercosul e pela Unasul para expulsar o Paraguai de ambos organismos regionais, após o impeachment relâmpago do ex-presidente Fernando Lugo.

Chávez, no poder desde 1999 e reeleito nas eleições de outubro, não assumiu seu novo mandato no dia 10, como estabele a Constituição, porque seu estado de saúde não lhe permite viajar de Havana, onde está internado, para Caracas.


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Em declaração divulgada na sexta-feira, o titular da OEA disse que "respeita cabalmente, como não poderia ser de outra forma, a decisão tomada pelos poderes constitucionais da Venezuela com relação à posse do presidente".


Com isso, fez alusão à autorização, por tempo indefinido, que a Assembleia Nacional (Parlamento) concedeu a Chávez para que cuide de sua saúde em Cuba e à sentença do Tribunal Supremo de Justiça que o eximiu de fazer o juramento de mandato perante a Constituição em 10 de janeiro.

A aliança opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) considerou "lamentável" essa declaração.

O ex-ministro chileno disse essas palavras e se recusou a fazer novos comentários, mas anunciou que na terça-feira se reunirá com parlamentares opositores.

— Eu vou escutá-los. Eles são parlamentares de seus país. Em uma democracia, todo mundo tem o direito de ser recebido e eu vou ver o que eles têm para me dizer.

Na sexta-feira (11), Ramón Guillermo Aveledo, secretário-executio da MUD, tinha informado que Insulza pediu uma reunião com ele na terça-feira em Washington, mas não respondeu se iria ao compromisso ou não.

O máximo representante do organismo respondeu também que parece "muito legítimo" que outros presidentes de países da região, como a argentina Cristina Kirchner, tenham viajado a Havana para visitar Chávez.

Insulza participa hoje, na cidade litorânea de Viña del Mar, da Segunda Reunião sobre Segurança Cidadã da América Latina, organizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

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