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EUA, Otan e Ucrânia reagem à ordem de Putin que pôs equipes nucleares em alerta

Autoridades acusaram líder russo de tentar aumentar a 'pressão' do conflito; Kiev afirmou que não cederá nas negociações 

Internacional|

Vladimir Putin visita o local de construção do Centro Espacial Nacional, em Moscou
Vladimir Putin visita o local de construção do Centro Espacial Nacional, em Moscou Vladimir Putin visita o local de construção do Centro Espacial Nacional, em Moscou

O presidente russo Vladimir Putin anunciou neste domingo (27) que vai pôr em alerta a "força de dissuasão" do Exército russo, que pode incluir um componente nuclear. A Ucrânia, os EUA e a Otan repudiaram a declaração.

"Ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe do Estado-Maior que ponham as forças de dissuasão do Exército russo em alerta especial de combate", disse Putin, em uma reunião com os líderes militares russos. O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, respondeu: "Afirmativo".

Em reação, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia disse que Kiev não vai ceder nas negociações com a Rússia, e acusou Putin de tentar aumentar a "pressão".

"Não vamos nos render, não vamos capitular, não vamos desistir de um único centímetro de nosso território", declarou Dmytro Kuleba, em uma coletiva de imprensa transmitida online.

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Os Estados Unidos, por sua vez, afirmaram que Putin está "fabricando ameaças".

"Esse é um padrão do presidente Putin que temos visto ao longo deste conflito, de fabricar ameaças para justificar novas agressões", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, ao canal ABC.

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Enquanto isso, a embaixadora de Washington na ONU, Linda Thomas-Greenfield, condenou veementemente o alerta das "forças de dissuasão" russas.

"Significa que o presidente Putin continua intensificando essa guerra de maneira totalmente inaceitável", reagiu ela em entrevista à CBS.

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Para a Otan, o alerta russo é irresponsável. "Essa é uma retórica perigosa. Esse é um comportamento irresponsável", disse o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, à CNN.

"E, é claro, se você combinar essa retórica com o que eles estão fazendo na Ucrânia, travando uma guerra contra uma nação soberana independente, conduzindo uma invasão total da Ucrânia, isso aumenta a gravidade da situação", adicionou.

As tensões internacionais já aumentaram com a invasão da Ucrânia pela Rússia, e a ordem de Putin pode causar ainda mais alarme.

Moscou possui o segundo maior arsenal de armas nucleares do mundo e um enorme arsenal de mísseis balísticos, que formam a espinha dorsal das "forças de dissuasão" do país.

"Oficiais seniores dos principais países da Otan também permitem declarações agressivas contra nosso país", disse Putin em seu discurso televisionado.

O presidente russo ordenou a invasão da Ucrânia na manhã da última quinta-feira (24).

Desde então, tropas russas entraram no país pelo norte, leste e sul, mas enfrentaram forte resistência das tropas ucranianas.

Autoridades ucranianas dizem que algumas tropas russas estão desmoralizadas e exaustas, e que dezenas se renderam.

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