O exército e os paramilitares que se enfrentam desde sábado (15) no Sudão anunciaram a abertura de corredores humanitários para a retirada de feridos. As ações ocorrem neste domingo (16), a partir das 11h (horário de Brasília), e têm duração de três horas. Ambas as partes disseram que, em caso de violação do acordo, se reservam o "direito de responder". A ajuda humanitária vai diminuir na região em conflito. O PMA (Programa Mundial de Alimentos) da ONU (Organização das Nações Unidas) anunciou a suspensão de suas operações no Sudão, após a morte de três funcionários que trabalhavam em missão desta agência no país. "Nos vemos obrigados a suspender, temporariamente, todas as nossas operações no Sudão, enquanto analisamos a evolução da situação de segurança", informou a diretora da agência, Cindy McCain, em um comunicado. Os três colaboradores da missão da ONU morreram na região oeste de Darfur, no sábado (15), "enquanto cumpriam seus trabalhos, para salvar vidas na linha de frente da crise alimentar mundial", disse McCain. "Todas as partes devem chegar a um acordo que garanta a segurança dos trabalhadores e permita que eles continuem fornecendo ajuda humanitária para salva vidas", enfatizou. O Sudão vive o segundo dia consecutivo de confrontos entre o exército e um grupo paramilitar de oposição, fortemente armado. Eles disputam o poder do país desde o golpe de 2021. Pelo menos 56 civis foram mortos, incluindo os três funcionários dessa agência. Segundo o Comitê Central de Médicos do Sudão, "dezenas" de combatentes, de ambos os lados, morreram nos combates nas ruas da capital do país, Cartum, e em várias cidades.