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Guerra na Ucrânia entra na segunda semana como aparente fracasso tático

Tropas do exército invasor têm dificuldade em avançar em áreas bombardeadas, e sanções apertam o cerco contra Vladimir Putin

Internacional|Do R7


Cidade de Kharkiv foi alvo de dois ataques russos nesta quarta-feira (2)
Cidade de Kharkiv foi alvo de dois ataques russos nesta quarta-feira (2)

A invasão russa da Ucrânia entrou em sua segunda semana nesta quinta-feira (3) como um aparente fracasso tático até agora, com a principal força de ataque paralisada por dias em uma rodovia ao norte de Kiev e outros avanços interrompidos nos arredores de cidades que estão sendo bombardeadas.

O número de refugiados da Ucrânia subiu para mais de 1 milhão, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Centenas de soldados russos e civis ucranianos foram mortos, e a própria Rússia mergulhou em um isolamento nunca antes experimentado por uma economia de tal tamanho.

Apesar de um plano de batalha inicial que os países ocidentais disseram ter como objetivo derrubar rapidamente o governo de Kiev, a Rússia capturou apenas uma cidade ucraniana até agora – a portuária Kherson, ao sul, na qual seus tanques entraram nesta quarta-feira (2).

"O corpo principal da grande coluna russa que avança sobre Kiev permanece a mais de 30 km do centro da cidade, tendo sido atrasado pela forte resistência ucraniana, avaria mecânica e congestionamento", disse o Ministério da Defesa britânico em uma atualização de inteligência.


"A coluna fez pouco progresso discernível em mais de três dias", afirmou. "Apesar dos bombardeios russos pesados, as cidades de Kharkiv, Chernihiv e Mariupol continuam em mãos ucranianas."

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, permanece em Kiev, divulgando atualizações regulares de vídeo pela nação. Em sua última mensagem, ele disse que as linhas ucranianas estavam em espera. "Não temos nada a perder a não ser nossa própria liberdade", afirmou.


Em Borodyanka, uma pequena cidade 60 km a noroeste de Kiev, onde os moradores repeliram um ataque, carcaças queimadas de blindados russos destruídos foram espalhadas em uma estrada, cercadas por edifícios em ruínas. As chamas de um prédio de apartamentos iluminaram o céu antes do amanhecer. Um cachorro latiu enquanto os socorristas caminhavam pelos escombros na escuridão.

"Eles começaram a atirar em direção ao parque em frente ao serviço postal", contou um homem no apartamento onde estava abrigado com sua família. "Aí aqueles desgraçados acionaram o tanque e começaram a atirar no supermercado que já estava queimando. Pegou fogo de novo."


Segunda rodada de negociações

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, caracterizou a resposta ocidental às ações da Rússia como "histeria", que ele disse que passaria. Lavrov afirmou esperar que uma segunda rodada de negociações de paz com uma delegação ucraniana ocorra nesta quinta-feira. Uma primeira reunião, na segunda-feira (28), em Belarus, não produziu nenhum progresso.

Apenas Belarus, Eritreia, Síria e Coreia do Norte votaram contra uma resolução de emergência na Assembleia-Geral da ONU condenando a "agressão" da Rússia. Em Pequim, os organizadores dos Jogos Paralímpicos de Inverno enviaram atletas russos e bielorrussos para casa.

"Sobre os paratletas dos países afetados, sentimos muito que vocês sejam prejudicados pelas decisões que seus governos tomaram na semana passada ao violar a Trégua Olímpica. Vocês são vítimas das ações de seus governos", disseram os organizadores da competição.

Na própria Rússia, onde quase todas as principais figuras da oposição foram presas ou exiladas em uma repressão no ano passado, as autoridades proibiram reportagens que descrevem a "operação militar especial" lançada pelo presidente Vladimir Putin em 24 de fevereiro como uma invasão ou guerra.

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