O governo italiano efetuou nesta terça-feira (15) a prisão de 55 pessoas envolvidas com o tráfico de seres humanos na Somália. A operação contou com a colaboração das Procuradorias distritais de Catania e de Florença, além da DNA (Direção Nacional Antimáfia).
Os presos são acusados de cumplicidade agravada da imigração ilegal de cidadãos da Somália, usando o território italiano para chegar ao norte da Europa, mas também de falsificação de documentos, exercício abusivo de atividade financeira e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
De acordo com as investigações coordenadas pela DNA, o cartel criminoso (integrado por células operantes radicadas na Itália, no Quênia e na Líbia) levava os migrantes rumo a Malta e Grécia, chegando depois à Itália em algumas bases logísticas identificadas em Roma, Milão, Turim, Florença, Prato, Bergamo, Cuneo e Nápoles, consideradas cidades estratégicas pela sua proximidade com os aeroportos que ligam, com voos baratos, as principais capitais europeias.
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Os imigrantes recebiam documentos falsos e eram encaminhados para os países do norte da Europa, principalmente Holanda, França, Dinamarca, Reino Unido, e especialmente Noruega, Suécia e Finlândia. Em alguns desses países foram identificadas outras células da organização.