O presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, disse nesta quinta-feira (26) que a companhia aérea desconhece os motivos que levaram o copiloto a provocar de forma consciente a descida e queda do avião, que levava 150 pessoas a bordo.
Spohr afirmou que a companhia está "consternada" após conhecer o conteúdo da gravação da caixa-preta do avião de sua subsidiária Germanwings que caiu nos Alpes franceses. Segundo Spohr, o que aconteceu "era inimaginável".
"Nem em nossos piores pesadelos poderíamos imaginar algo assim", disse o presidente da Lufthansa. De acordo com Spohr, os pilotos da companhia são selecionados com muito cuidado.
O presidente expressou absoluta confiança em seus pilotos e nos critérios de seleção da maior companhia aérea da Alemanha, e qualificou o ocorrido como "o acontecimento mais terrível na história" da empresa.
O diretor da Lufthansa acrescentou que é impossível prevenir um acidente como este, e explicou que o copiloto tinha passado nos testes médicos realizados uma vez por ano. Spohr afirmou, no entanto, que, após a formação do piloto, não são feitos testes psicológicos profundos.
O presidente disse que os padrões de segurança da Lufthansa são elevados e que voar é o meio de transporte mais seguro do mundo. O copiloto do avião de Germanwings, que supostamente derrubou o Airbus A320 nos Alpes franceses, chamava-se Andreas Lubitz, um jovem nascido na pequena cidade de Montabaur, no Estado federado da Renânia-Palatinado, no oeste da Alemanha.
O copiloto, de 28 anos, tinha uma experiência de 630 horas de voo e havia começado a trabalhar na Germanwings em setembro de 2013. Segundo o presidente da Lufthansa, ocorreu uma interrupção em seu processo de formação há anos, mas o funcionário "era 100% apto para o voo, sem nenhum tipo de peculiaridade".