Polícia usa gás lacrimogêneo contra protesto de partidários de Mursi no Cairo
Ocorreram momentos de tensão entre os islamitas e um grupo de jovens
Internacional|Do R7
A polícia do Egito usou gás lacrimogêneo nesta terça-feira (13) contra um protesto de partidários do presidente deposto Mohammed Mursi no centro do Cairo, depois que ocorreram momentos de tensão entre os islamitas e um grupo de jovens.
A Agência Efe constatou que os manifestantes, todos eles imãs de mesquitas, estavam concentrados na rua Sherif em frente ao Ministério do Auqaf (Assuntos Religiosos), quando um grupo de jovens, alguns menores de idade, começou a jogar garrafas de vidro contra eles.
Os imãs repreenderam os ataques, mas chegaram mais jovens com garrafas e a polícia teve que intervir e dissipou o protesto com o uso de gás lacrimogêneo.
Os islamitas se transferiram para a praça Mohammed Najib, onde chegaram mais seguidores de Mursi, que faziam manifestações em frente a outros Ministérios, enquanto os jovens se dispersaram.
O gás lacrimogêneo da polícia também chegou a essa praça, e os manifestantes deram ordem para que as pessoas fossem para Rabea al Adauiya, no distrito de Cidade Nasser, onde há um acampamento de protesto.
Após a saída dos islamitas acabaram os distúrbios, o trânsito voltou à normalidade e algumas lojas, que tinham fechado, voltaram a abrir suas portas.
A agência de notícias estatal Mena, que cita fontes do Ministério do Auqaf, acrescentou que nos distúrbios participaram, além disso, funcionários do departamento e cidadãos.
A Mena disse que os manifestantes invadiram o Ministério e tentaram tirar à força os funcionários, o que levou à intervenção da polícia.
Por outro lado, houve distúrbios no metrô do Cairo, nos quais estavam envolvidos manifestantes partidários de Mursi.
De acordo com o site do jornal Al Ahram, houve uma briga entre os islamitas e guardas de segurança do metrô nos vagões de um trem, depois que os agentes investiram contra os manifestantes por estes terem feito pichações contra o chefe do Exército, Abdel Fatah al Sisi, na estação de Saad Zaglul, no centro.
A Irmandade Muçulmana, grupo do qual pertencia Mursi até sua chegada à Presidência, convocou para hoje várias manifestações em frente a diferentes ministérios para rejeitar o golpe de Estado do Exército.
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